Medicação
não pode ser jogada no lixo, devendo ter destinação específica.
São Paulo - Sabe aquela
cartela de comprimidos que está esquecida —possivelmente até vencida— dentro de
uma gaveta na sua casa? Como se desfazer dela?
Se a primeira coisa que
vem à cabeça é “lixo”, cuidado. Jogar remédios em lixeiras comuns ou em pias e
privadas não é certo. O correto é encontrar um local adequado de descarte, como
farmácias que têm posto de coleta.
Não são, porém, todas
as farmácias ou unidades básicas de saúde que fazem a coleta. Pelo site
Programa Descarte Consciente é possível encontrar locais que cuidam da coleta e
destinação adequada ao remédio.
Segundo Éverton Borges,
membro do Conselho Federal de Farmácia, o descarte incorreto leva a danos
ambientais, como contaminação de água, solo e animais, e gera risco de impacto
em populações vulneráveis, como quem trabalha em lixões.
“Temos um consumo exagerado
e irracional de medicamentos. Hoje é muito fácil adquiri-los, então há remédios
em excesso, sem indicação. Acabamos com muitos medicamentos sobrando em casa”,
diz Borges.
Segundo o especialista,
a indústria poderia facilitar o fracionamento dos medicamentos, evitando, dessa
forma, que pacientes adquirissem embalagens maiores do que o necessário. Ele
diz, contudo, que há resistência do setor para que haja a mudança.
Se não podemos jogar no
lixo, então não tem problema doar um remédio ainda não vencido, certo?
Não exatamente. Mesmo
dentro da validade e sendo doado por pura caridade ou ajuda, a boa ação pode
provocar problemas em quem consumir o remédio. Borges diz que medicamentos como
pomadas e xaropes vencem pouco tempo após abertos. O modo como a droga é
guardada também pode alterar sua ação e eficácia.
Por isso, o melhor é
não doar e não aceitar doações de remédios.
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