Washington, 8 out (EFE).- Um júri da Filadélfia determinou na
terça-feira que a multinacional Johnson & Johnson pague uma indenização de
US$ 8 bilhões (cerca de R$ 32,7 bilhões) a um homem pelos efeitos colaterais
causados pelo medicamento Risperdal.
A empresa responde a
mais de 13 mil processos de pessoas que afirmam que o uso do Risperdal quando
crianças causou ginecomastia, o crescimento das glândulas mamárias em homens.
Segundo as denúncias, a
Johnson & Johnson sabia do efeito colateral, mas não alertou os usuários do
medicamento, um dos mais vendidos pela empresa nos Estados Unidos até 2008.
O Risperdal é usado no
tratamento de transtorno bipolar, esquizofrenia e irritabilidade associado ao
autismo.
Em comunicado, a
Johnson & Johnson disse que vai recorrer da decisão, que considerou como
"excessiva e desproporcional".
Os juízes americanos
normalmente reduzem as indenizações estabelecidas por júris após analisar os
recursos apresentados pela defesa dos acusados.
A Johnson & Johnson
tem sofrido vários revezes nos tribunais nos últimos anos. Na semana passada, a
multinacional aceitou pagar uma multa de US$ 20,4 milhões (R$ 83,3 milhões) a
dois condados no estado de Ohio para evitar um processo federal que visa
responsabilizar a indústria farmacêutica pela crise dos opioides nos EUA.
Em agosto, um juiz de
Oklahoma determinou que a empresa
pague US$ 572 milhões (R$ 2,3 bilhões) em um processo
considerado como o primeiro de magnitude no país pela epidemia de opioides.
No ano passado, um júri
do Missouri condenou a Jonhson & Johnson a pagar US$ 4,69 bilhões (R$ 19,1
bilhões) a 22 mulheres e suas famílias que alegam o talco para bebês da empresa
causa câncer de ovário.
A empresa recorreu de
todas as decisões.
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