Quem sofre com melasma sabe
que o problema não apresenta riscos para a saúde, mas pode ter um grande
impacto na autoestima. Concentradas principalmente no rosto, as manchas
hiperpigmentadas também aparecem em partes do corpo que sofrem constante
exposição solar, como o colo e os antebraços.
Entre as causas do
problema estão alterações hormonais da gestação, o uso de anticoncepcional, a
exposição demorada ao sol sem o uso de proteção adequada, a constante
realização de procedimentos estéticos agressivos e até mesmo o fator genético.
“Costumo dizer que o
brasileiro tem uma pele muito miscigenada geneticamente e, por isso, não
sabemos muito sobre a pele brasileira e, consequentemente, sobre o que causa o
melasma. Mas o fato de morarmos num país tropical, onde a incidência solar é
muito alta mesmo no inverno, tem grande impacto nisso”, conta a
dermatologista Dra. Daniela Leal, da Clinica Leal, de
Campinas.
Ela explica que o uso
de protetor solar é fundamental tanto para prevenir quanto para controlar a
hiperpigmentação. “Pela manhã, aplique o produto e seja generoso: uma
quantidade que remeta a uma azeitona gorda é suficiente para proteger o rosto.
Os filtros solares mais aderentes e com pigmento também têm função terapêutica,
além da cosmética, e protegem das luzes que causam o melasma”, orienta a
profissional.
E para quem já tem?
Se o melasma já se
instalou, nada de se desesperar, pois há controle e tratamento! Segundo a
dermatologista, existem peelings que ajudam consideravelmente
no clareamento, mas é preciso atenção: “Tudo que agride muito a pele tende a
responder piorando o melasma. Seja o peeling físico, que causa
agressão, inchaço e vermelhidão, até os ácidos usados em casa. Se usar ácido e,
por exemplo, entrar no carro num dia de sol e arder, converse com seu médico”,
comenta a médica.
Há lasers e
microagulhamentos que são coadjuvantes no tratamento e também podem ser usados
por não induzirem à inflamação cutânea, sendo combinados a cosméticos de acordo
com a estação do ano. “É importante ressaltar apenas que melasma não se cura.
Se controla. O paciente deve se tratar e alinhar expectativas com o médico”,
conclui a Dra. Daniela.
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