Sim, é um problema.
Quando respirarmos pelo nariz, o ar é umidificado, aquecido e filtrado antes de
chegar aos pulmões, o que facilita o trabalho do órgão e evita que impurezas e
germes entre no organismo. Ao puxar o ar pela boca, você compromete essas
funções e facilita os processos infecciosos na região da garganta.
Além disso, o ato de
respirar pela boca, quando se torna crônico, pode trazer alterações na arcada
óssea em crianças e adolescentes, gerando deformidades no posicionamento dos
dentes e deixar a mandíbula e o maxilar alterado.
A respiração bucal
ainda pode impedir que você --e até seu companheiro(a) -- durma bem, por conta
de roncos
e da síndrome
da apneia obstrutiva do sono, o que em longo prazo
gera um grande estresse no organismo e pode afetar o sistema cardiovascular,
aumentando o risco de problemas de saúde como hipertensão
arterial, AVC (acidente
vascular cerebral) e infarto
agudo do miocárdio.
Como
resolver o problema.
É possível que a pessoa
fique curada e passe a respirar pelo nariz com o tratamento da obstrução nasal,
mas o procedimento vai depender da causa. Logo, fazer uma avaliação médica é
fundamental para definir o diagnóstico e como resolver o problema.
Basicamente, se a
condição se der por conta de gripes,
resfriados ou rinossinusites bacterianas, a terapia irá envolver medicamentos
que combatam os vírus e bactérias causadores da doença. Quando a causa for
alergia, além dos remédios, é importante identificar e evitar o contato com as
substâncias que estão irritando as vias aéreas (pólen, poluição, poeira, pelos
de animais etc.) Já se a obstrução nasal ocorrer devido a um desvio de septo,
por exemplo, o tratamento cirúrgico pode ser o mais indicado.
De imediato, estas
medidas ajudam a aliviar a congestão nasal:
Lavar o nariz com soro
fisiológico 0,9%, várias vezes ao dia;
Não fumar e evitar
ambientes onde há fumantes, especialmente os locais fechados;
Manter os ambientes
limpos e bem arejados;
Utilizar produtos de
higiene pessoal sem odor forte.
Os medicamentos
descongestionantes, que são vasoconstritores, devem ser evitados, já que podem
ocasionar dependência e exigir doses cada vez maiores em intervalos de tempo
cada vez mais curtos. No caso da persistência dos sintomas, sempre procure o
médico otorrinolaringologista para uma avaliação.
*** Fontes: Debora
Petrungaro, professora assistente de otorrinolaringologia da UFF (Universidade
Federal Fluminense); Gustavo Gosling, otorrinolaringologista, especialista pela
ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico
Facial); Marcos Rabelo de Freitas, coordenador da disciplina de
otorrinolaringologia do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da
UFC (Universidade Federal do Ceará); e Paulo Lazarini, otorrinolaringologista
do Hospital Sepaco, em São Paulo.
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