A St. Nicholas School
divulgou nota nesta quarta-feira, 19, informando que o professor
suspeito de filmar alunas em sala de aula está "definitivamente
afastado do quadro docente". Ivan Secco Falsztyn,
de 54 anos, foi preso ontem em uma operação de combate
a pedofilia e dava aulas no colégio há 20 anos. Ele colocava
câmeras em caixas de remédios, com furos, para fazer imagens das meninas que
tinham entre 10 e 14 anos.
A nota da escola diz
ainda que "se sente surpreendida pelos acontecimentos uma vez que – assim
como as demais – adota procedimentos e práticas criteriosas na contratação dos
seus profissionais". Mas que pretende "rever seus processos internos
e aferir suas possíveis falhas". A St. Nicholas afirma que vai implantar
novos procedimentos de segurança.
O Estado apurou
que a escola está analisando suas câmeras de segurança para tentar identificar
algum movimento suspeito do professor. Falsztyn dava aulas de
História e Teatro. As câmaras que filmavam as meninas por baixo das saias do
uniforme eram colocadas no chão e em carteiras durante as aulas.
Nesta terça-feira, pais
e mães da escola já começaram a pedir mudanças na segurança. Muitos estão sendo
chamados para conversar com os coordenadores.
Um dia após o episódio as aulas foram normais na St. Nicholas,
que é uma escola internacional, usa um currículo conceituado no mundo todo e
aceito em universidades fora do Brasil. É uma instituição pequena, que surgiu
como uma escola internacional para crianças com menos de 5 anos e foi
crescendo. Hoje atende da educação infantil ao ensino médio. A escola
comemora 40 anos em 2020 e tem entre seus alunos filhos de estrangeiros,
empresários e artistas. As mensalidades giram em torno de R$ 7 mil.
Na operação Luz da
Infância, que prendeu o professor, foram apreendidos 187 mil arquivos suspeitos
de pornografia infantil nos 12 Estados. Foram presas 43 pessoas.
Sem se identificar, um
pai da escola classificou o caso como uma catástrofe. "Meus filhos não
tinham aula com ele, mas está todo mundo preocupado. Todo mundo é vítima. É uma
catástrofe." Ele destacou a importância de os fatos serem apurados e disse
que este é um momento de dar apoio para a comunidade escolar. "É preciso
separar o indivíduo da escola."
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