Os seios são comumente
vistos como símbolos da sexualidade feminina, têm tamanhos diferentes e podem
virar motivo de tortura na TPM (tensão pré-menstrual). Portanto, se você é
mulher e já se incomodou com algo em relação a eles, fique tranquila, pois não
está sozinha. De acordo com os especialistas entrevistados pelo UOL, os
órgãos podem interferir na autoestima e no bem-estar. A seguir respostas para
algumas curiosidades a respeito deles.
1
- Eles têm tamanhos diferentes.
O corpo humano é
assimétrico. No caso das mamas, que são órgãos bastante vascularizados, na
maioria das vezes, a esquerda é maior do que a direita. A assimetria é uma
evidência nas mulheres, mas sem nenhuma explicação científica comprovada. Em
alguns casos, quando são muito grandes, recomenda-se cirurgia plástica para
correção.
2
- São sensíveis.
A sensibilidade se
modifica de acordo com o ciclo menstrual. Após a metade do período, a elevação
da taxa do hormônio progesterona provoca retenção de água e sal no corpo. Esse
inchaço desenvolve uma hipersensibilidade, que pode provocar desconforto,
ardência ou queimação. Porém, só passam por essa fase as mulheres que são
geneticamente sensíveis à ação do hormônio. Nesse momento do mês, o sexo pode
ser motivo de dor, e o companheiro precisa ter cuidado e compreender.
3
- Eles caem mesmo.
O principal motivo é a idade.
Após a menopausa, as glândulas mamárias atrofiam por falta de hormônio e se
tornam “recipientes de gordura”. Porém, existem fatores físicos que podem
influenciar a ocorrência de uma queda mais acentuada ou menos, como o tamanho
dos seios. Mulheres magras e altas têm o tecido conjuntivo, responsável pelo
suporte estrutural, mais frouxo do que aquelas que são baixas e mais pesadas.
E, atenção, pois o efeito de emagrecer e engordar com frequência pode antecipar
o processo, que tem o nome de ptose. Para retardá-lo, os especialistas
recomendam o uso de sutiãs adequados --peças que dão suporte para que o peso
dos seios não fique sobre a pele do tórax e, sim, sobre as alças.
4
- Mexem com a autoestima.
Os seios são comumente
vistos como símbolo da sexualidade feminina, segundo os especialistas
entrevistados pelo UOL. Eles comparam a sua importância à do pênis
para
o homem. Por estar tão ligado à identidade da mulher, é que tantas procuram
remodelá-los com implante de silicone ou redução. Também por isso a
reconstrução das mamas é um procedimento coberto pelo SUS (Sistema Único de
Saúde) como parte do tratamento do câncer de mama. A lei, que foi sancionada
pela presidente Dilma em 2013, entende que a cirurgia reparadora faz parte do
processo de cura.
5
- No sexo.
Por serem altamente
vascularizadas e sensíveis, as mamas são zonas erógenas importantes.
Diferentemente do que muitos pensam, o autoconhecimento sexual não está
centralizado na vagina.
No que diz respeito à erotização, é importante que a mulher conheça seu corpo
por inteiro. Como a acessibilidade aos seios é fácil, eles podem ampliar as
possibilidades de prazer e serem responsáveis pelo orgasmo --a dois ou não.
6
- Algumas não gostam que eles sejam tocados.
Apesar de serem pontos
de excitação, existem mulheres que não suportam (mesmo) serem tocadas nessa
parte do corpo. Os motivos vão desde simplesmente não sentir prazer, ter
hipersensibilidade frequente ou traumas por experiências passadas. No último
caso, quando o toque causa angustia e sofrimento, a terapia pode ser uma saída
para alcançar o bem-estar. Portanto, não se envergonhe. Assim como qualquer
carícia sexual, ela só será proveitosa se você se sentir bem.
7
- O que não fazer com eles.
É importante entender
--mais uma vez-- que os seios são sensíveis e, portanto, não são bem-vindas
manobras que coloquem em risco a sua integridade física e que possam causar
ferimentos. A mulher deve impor os limites e o parceiro respeitá-los. Algumas
pessoas sentem prazer pela dor, mas, se esse for o caso, precisa ser combinado
previamente. Por isso, mordidas e apertões, na maioria das vezes,
impossibilitam a sensação de prazer e podem interromper uma relação que estava
satisfatória.
*** Consultoria: Iracema
Teixeira, presidente da Sbrash (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade
Humana); Luiz Carlos Ishida, cirurgião plástico e membro da SBP (Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica); Rita Dardes, mastologista e professora da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); José Carlos Riechelmann,
sexologista e presidente do Comitê Científico de Sexualidade Humana da APM
(Associação Paulista de Medicina).
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