Polícia acredita que a
jovem tenha sido executada apenas por estar no local na hora errada.
Um casal de namorados foi brutalmente assassinado com quase 80 tiros na
noite de quinta-feira (4) em Araricá, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Inicialmente a polícia havia divulgado que a morte teria acontecido por 60
disparos, mas em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5),
a informação foi atualizada para 79 tiros.
A ação ocorreu por volta das 23h e a polícia trabalha com a hipótese de
que devido a violência do crime se trataria de uma execução por envolvimento
com tráfico de drogas. Os suspeitos teriam chegado em um carro preto, pulado a
grade do condomínio e invadido a residência. Foram utilizadas ao menos quatro
armas, duas pistolas, uma de 40 e outra de 9 milímetros, além de uma espingarda
calibre 12 e um fuzil 556.
"Foi um crime bastante violento. A maioria dos tiros que eles
levaram foi na região do rosto e do tronco", conta o delegado responsável,
Fernando Branco.
As vítimas foram identificadas como Adair Brizola da Silva, de 31 anos, e
Karuel Quendi da Silva Barbosa, de 25. Na casa morava apenas Adair. A jovem,
que era modelo, digital influencer e garçonete, ainda vivia com a mãe em Campo
Bom.
"Foi a filha que qualquer pai queria ter", disse o pai de
Karuel, Vilson Barbosa, lembrando a boa relação que tinha com a filha. "Só
tenho lembrança boa dela. Nada de ruim. Nunca tivemos uma desavença",
completou.
Ainda segundo o delegado, Adair tinha antecedentes por porte ilegal de
arma de fogo de uso restrito, e uma ocorrência de moeda falsa. "Ele chegou
a ser preso em flagrante por porte ilegal. A moça não tinha nada. É provável
que ela tenha sido executada apenas por estar na cena do crime", destacou.
O caso está sendo investigado e apurado, a polícia ainda não sabe dizer
quantas pessoas participaram do crime, mas acredita em pelo menos quatro
integrantes pelo número de armas encontradas. Imagens também estão sendo
verificadas para tentar encontrar evidências dos suspeitos.
"Temos imagens de câmeras que serão analisadas, mas são distantes,
não é possível identificar ninguém", explicou Branco.
Segundo a família, o casal estava junto há três anos.
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