Durante a pandemia da Covid-19 e o consequente isolamento social, é comum
passarmos mais tempo à frente da televisão e de outras tecnologias, como
computadores, smartphones e tablets. Em determinados momentos, o uso desses
aparelhos pode se dar, inclusive, ao mesmo tempo: quantas vezes você não se
pegou assistindo a um filme na Netflix, enquanto confere as atualizações de
suas redes sociais ou das conversas no WhatsApp? Então, aqui vai um alerta: o
uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode acarretar sérios dnos à saúde dos
olhos em adultos e crianças, além da possibilidade de agravar problemas
oftalmológicos já existentes.
Um exemplo comum dos prejuízos de quem leva muito tempo exposto às telas
dessas tecnologias é a síndrome da vista cansada. Com a vista fixada, recebendo
a luz emitida pelo aparelho, as piscadas de olho tendem a ser mais espaçadas,
resultando em ressecamento e fadiga ocular. Visão turva, tensão ocular e
vermelhidão nos olhos também são sintomas do problema.
Há ainda a síndrome da visão por computador (CVS), também causada pelo
uso excessivo dos aparelhos digitais, que emitem uma luz azul, prejudicial para
a retina. Além da exposição à luz azul, a proximidade da luz aos olhos também é
danosa para as vistas. A miopia, que é a dificuldade de enxergar de longe, pode
ser outra consequência do problema.
E como poderíamos reduzir esses riscos em momentos de ócio prolongado
como o atual? Em primeiro lugar, é importante limitar o tempo de exposição aos
aparelhos digitais, principalmente entre as crianças. Ajuste também a
luminosidade do aparelho, evitando o excesso de luz refratada agindo sobre a
pupila.
Nos intervalos entre o uso de uma tecnologia e outra, experimente olhar
para um ponto fixo distante para relaxar a musculatura do olho. Evite ar
condicionado ou ventilador muito próximos dos olhos – eles podem piorar o
ressecamento. Tente sempre se lembrar de piscar.
***Rafael Leal é
oftalmologista das Clínicas Clivale.
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