As informações foram
confirmadas pela Organização Meteorológica Mundial.
O mês passado
foi o maio mais quente já registrado, e os níveis de dióxido de carbono
também atingiram um novo pico mesmo com a desaceleração econômica em
decorrência da pandemia de COVID-19.
As informações foram
confirmadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) no início do mês
(5), em um apelo para os Estados-membros renovarem seus esforços para
enfrentar as ameaças climáticas.
“Governos irão investir
em recuperação e existe uma oportunidade de enfrentar o clima como parte do
programa de recuperação”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
Ele afirmou que, se
esse curso de ação for tomado, “existe uma oportunidade de começar a diminuir a
curva (de emissões) nos próximos cinco anos”.
O apelo coincidiu com o
Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente no dia 5 de junho, e com um
aviso de que temperaturas mais altas e maiores concentrações de gases de efeito
estufa terão um grande impacto na biodiversidade, no desenvolvimento
socioeconômico e no bem-estar humano.
Ecoando o apelo de que
é hora de voltar a crescer de forma mais ecológica e reconstruir melhor as
pessoas e o planeta, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a
natureza estava “nos enviando uma mensagem clara: estamos prejudicando o mundo
natural – em nosso próprio detrimento. A degradação do habitat e a perda de
biodiversidade estão se acelerando”, disse.
Clima e o novo coronavírus.
“A ruptura climática
está piorando. Incêndios, inundações, secas e tempestades estão mais frequentes
e prejudiciais”, afirmou Guterres.
“Os oceanos estão
aquecendo e acidificando, destruindo os ecossistemas dos corais. E agora, um
novo coronavírus enfurecido está minando a saúde e os meios de subsistência.
Para cuidar da humanidade, precisamos cuidar da natureza”, completou.
Qualquer desaceleração
industrial e econômica em decorrência da COVID-19 não substitui uma ação
coordenada e sustentada para reduzir as emissões de gases de efeito estufa,
explicou Taalas.
Isso se dá porque gases
como o dióxido de carbono e metano duram na atmosfera por centenas de anos,
então qualquer tipo de medida a curto prazo, como a quarentena, não trará
benefícios de longo prazo.


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