A atividade sexual entre jovens americanos
diminuiu acentuadamente desde 2000, com quase um terço relatando não ter feito
sexo com algum parceiro no ano anterior, de acordo com uma pesquisa publicada
na sexta-feira (12) que sugere que as mídias sociais e os jogos eletrônicos
podem estar preenchendo o vazio.
A tendência é preocupante, pois os
relacionamentos sexuais são importantes para o bem-estar e a saúde das pessoas,
observam os pesquisadores.
A pesquisa descobriu que de 2000 a 2018, quase
um em cada três homens norte-americanos com idades entre 18 e 24 anos não
relatou atividade sexual no ano passado. A falta de sexo, ou inatividade
sexual, também aumentou entre homens e mulheres de 25 a 34 anos durante o
período da pesquisa, segundo o relatório da revista JAMA Network Open.
Possíveis razões para o declínio da frequência
sexual também podem incluir estresse no trabalho e dentro dos próprios
relacionamentos, bem como a prevalência de outras formas de entretenimento
solo.
— Agora há muito mais opções de coisas para
fazer no final da noite do que antes, e menos oportunidades para iniciar a
atividade sexual se ambos os parceiros estiverem envolvidos em mídias sociais,
jogos eletrônicos ou observação de compulsões — disse Jean Twenge, do
departamento de psicologia na Universidade Estadual de San Diego, em um
editorial que acompanha o relatório.
Analisando dados de pesquisas bienais entre
2000 e 2018 de quase 10.000 homens e mulheres com idades entre 18 e 44 anos, os
pesquisadores descobriram que 16,5% dos entrevistados relataram menos atividade
sexual em 2016-2018 contra 9,5% em 2000-2002, principalmente entre homens
heterossexuais solteiros.
A atividade sexual permaneceu praticamente
inalterada entre as mulheres solteiras, junto com nenhum declínio notável entre
os homens gays, segundo os pesquisadores.
Homens desempregados ou com renda mais baixa
eram mais propensos a serem sexualmente inativos, assim como homens e mulheres
estudantes.
Relacionando a preferência por homens de maior
nível socioeconômico e a maior ocupação das mulheres no ensino superior, alguns
jovens podem achar difícil formar relacionamentos heterossexuais, observam os
pesquisadores.



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