Uma pesquisa realizada
na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas
otimistas têm uma melhor noite de sono e dormem por mais tempo. O estudo foi
realizado com mais de 3.500 pessoas de idades entre 32 e 51 anos. O otimismo
proporciona 78% mais chances de relatar uma qualidade de sono muito boa.
Os níveis de otimismo
dos participantes foram medidos usando uma pesquisa com dez itens, os quais as
pessoas precisavam classificar, numa escala de zero a cinco, o quanto
concordavam com declarações positivas e negativas.
Os relatos dos
participantes sobre o sono ocorreram duas vezes, num intervalo de cinco anos. O
questionamento era baseado na qualidade do sono que eles tiveram no mês
anterior. A pesquisa também avaliou seus sintomas de insônia, dificuldade em
adormecer e o número de horas de sono real que eles obtiveram a cada noite.
Além da maior
probabilidade de ter uma boa qualidade de sono, os resultados apontavam que os
otimistas tinham 74% mais chances de não apresentar sintomas de insônia e
relataram menos sonolência diurna.
— A falta de sono
saudável é uma preocupação de saúde pública, já que a má qualidade do sono está
associada a vários problemas de saúde, incluindo maiores riscos de obesidade,
hipertensão e mortalidade por todas as causas — diz Rosalba Hernandez,
professora de Serviço Social da Universidade de Illinois.
Os cientistas não sabem
exatamente o mecanismo pelo qual o otimismo influencia os padrões de sono, mas
supõem que a positividade pode amortecer efeitos do estresse promovendo o
enfrentamento adaptativo, que permite aos otimistas dormir em paz.
— Evitar pensamentos
ruminantes, pessimistas, no momento próximo de dormir, ajuda muito na qualidade
do sono. O tratamento para quem tem um sono ruim inclui a terapia cognitiva
para insônia, cujo objetivo é modificar os pensamentos disfuncionais sobre o
sono e essas crenças inadequadas que começam a acontecer próximo da hora de dormir
— afirma Andrea Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono.



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