Depois que vídeos e
áudios circularam na internet falando que a ivermectina seria
uma boa opção para o tratamento e prevenção da Covid-19,
o medicamento começou a sumir das prateleiras de farmácias de todo o Brasil.
Mas a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou alerta sobre o uso desse
vermífugo, usado no tratamento de infestações por parasitas, como piolho e
sarna. Segundo a Anvisa, não existem estudos conclusivos que comprovam a
eficácia da ivermectina no tratamento do novo coronavírus. Portanto, não
recomenda o uso para pessoas contaminadas ou como forma de prevenção à doença.
Ainda segundo a Anvisa,
a medicação pode causar vários efeitos colaterais como náuseas, diarreia,
diminuição da força física, dor abdominal, prisão de ventre, tonturas,
sonolência, coceira, entre outros. Muita gente comprou e tomou ivermectina nos
últimos dias, por influência das redes sociais. É o caso da manicure Ana
Rodrigues.
O funcionário público,
Yedo Soares, também usou por indicação de médicos. Mas a cardiologista que
trabalha na linha de frente de combate à Covid-19, Fernanda Weiller, não
recomenda o uso da ivermectina. Ela explica que, por não existirem estudos
suficientes, o antiparasitário pode apresentar efeitos inesperados.
A ivermectina tem
registro na Anvisa desde 1999 para tratamento de vermes e piolhos. No momento,
existem pelo menos 26 estudos ao redor do mundo sobre o seu uso no tratamento
da Covid-19. Mas nenhum foi concluído. Aqui no Brasil, apenas a Universidade
Federal de São Carlos analisa a eficácia da substância no combate ao
coronavírus. A previsão é que esse estudo termine em julho de 2021.
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