A
Nutróloga dra. Esthela Oliveira explicou os benefícios da técnica que intercala
horas de jejum e de alimentação.
Você com certeza já
ouviu que para comer bem deve se alimentar a cada três horas. Mas, de acordo
com estudos e nutrólogos, o jejum intermitente também pode ser uma estratégia
benéfica para saúde. "É uma estratégia alimentar que visa intercalar
períodos de jejum com períodos de alimentação e que tem como objetivo fazer que
o corpo utilize seus estoques de gordura", explica a nutróloga Dra. Esthela
Oliveira.
O método já ganhou
adeptos e é usado, principalmente, por quem deseja emagrecer. Segundo a
especialista, quem está com sobrepeso ou obesidade notará um resultado mais
eficaz por possuir um estoque de gordura corporal maior. "Nesses períodos
sem ingerir alimentos, o organismo consome as calorias que já estão reservadas
no corpo para produzir energia", comenta. Os resultados já podem ser
notados a partir da segunda semana, dependendo da estratégia adotada, que pode
variar de 12 a 24 horas de jejum, incluindo as horas de sono, diariamente ou em
dias alternados.
Essa queima de gordura
não está associada apenas à redução do consumo calórico, mas também a
alterações nos hormônios provocadas pelo processo. De acordo com Esthela
Oliveira, ao permanecer por muitas horas sem comer, os níveis de insulina e
glicemia no sangue são reduzidos, o que facilita o uso da gordura acumulada
pelo corpo. Por esse motivo, para quem não segue esse método, mas está em fase
de emagrecimento, é importante ingerir alimentos com baixo índice glicêmico,
principalmente no café da manhã, com frutas como abacate e morango e cereais.
Apesar de consumir a
gordura corporal, o jejum intermitente não elimina a necessidade de uma
alimentação adequada e balanceada. "É muito importante quebrar esse período
com alimentos ricos em vitaminas e minerais, pouco gordurosos e com pouco
açúcar, para que o organismo continue utilizando os estoques de gordura já
existentes, sem ficar sobrecarregado", explica a nutróloga. Além disso, no
período sem alimentação, é preciso manter-se hidratado. "Água com e sem
gás, chá e café sem adoçante ou açúcar são permitidos durante todo o
tempo", completa.
Mesmo com benefícios
comprovados, a médica destaca que cada organismo pode apresentar uma resposta
diferente, dependendo da interferência de outros fatores.
"A melhor
estratégia é totalmente individualizada e deve ser pensada junto a um
profissional da saúde. Não existe um programa alimentar geral para todos. Para
diabéticos, por exemplo, não costumamos indicar o jejum intermitente, pois
afeta os níveis de glicemia do corpo. Para crianças também não é recomendado,
pois elas têm uma necessidade calórica muito alta por estarem em fase de
crescimento. No caso delas, o melhor é a reeducação alimentar", completa.
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