FONTE: Silvana Blesa, TRIBUNA DA BAHIA.
É raro acontecer uma reação
alérgica a um medicamento, mas as consequências podem ser graves, variando de
ressecamento da pele a
urticária, febre e anafilaxia, uma reação grave e que põe a vida em risco, que
inclui inchaço da boca, língua e principalmente a glote, batimento cardíaco
acelerado, respiração difícil, uma queda brusca da pressão arterial,
inconsciência e até morte.
Esses são alguns sintomas
desencadeados por pessoas alérgicas a
medicamentos. Conforme o médico alergologista, Carlos D’Almeida, do Instituto
de Dermatologia e Alergia da Bahia (Idab), uma pessoa com crise alérgica ao uso
de medicamento é muito fácil perceber devido apresentar os sintomas de
imediato. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
(Asbai), cerca de 12% da população sofrem de alergia a algum tipo de
medicamento. E os analgésicos e os anti-inflamatórios respondem por 40% dos
casos.
“Uma pessoa alérgica que
faz uso de medicamento por muito tempo, pode desenvolver uma alergia ao
remédio. A reação do corpo é de imediato. A pessoa começa a ter urticária e
inchaço pelo corpo, e isso faz com que o indivíduo procure logo o tratamento
médico”, explicou o alergologista. nessa segunda-feira (8/7) foi comemorado o
Dia Mundial da Alergia - data definida em 2005 pela Organização Mundial da
Alergia.
Os medicamentos que lideram a lista de
reclamações nos consultórios médicos são os analgésicos, anti-inflamatórios,
ácido acetilsalicílico e dipirona. A reação alérgica ocorre a partir do contato
com a medicação. Caso a pessoa identifique algum sintoma alérgico, é
fundamental suspender a medicação e procurar ajuda médica. Somente o médico
pode identificar a substância e prescrever o melhor tratamento.
O alergologista Carlos D’Almeida ressaltou
que hoje em dia com os avanços da medicina é raro alguém morrer em consequência
de alergia por medicamentos. “O risco maior é se a pessoa alérgica for picada
por abelha e perder a consciência e alguém aplicar um medicamento contendo a
substância que o paciente tem alergia, pois o paciente não vai entrar em
pânico. Como a pessoa não esta acordada é mais preocupante”, disse o médico.
No caso de pessoas com alergias a
medicamentos e até anestesias, segundo D’ Almeida, os hospitais já têm
todo um aparato, para agir nesses casos e salvar o paciente.
Rinite alérgica acomete 30%
das pessoas.
Que se dê por satisfeito quem
nunca teve algum tipo de rinite alérgica, doença que acomete cerca de 30% dos
brasileiros. Um levantamento feito em 30 países, com uma população estimada de
1,2 milhões de indivíduos, revelou que 22%, ou seja, 250 milhões de pessoas
sofrem de algum tipo de alergia, definida como uma reação exagerada do
organismo frente a estímulos comuns do meio ambiente, como alimentos,
medicamentos, cosméticos, poeira, ácaros, pólen e fungos.
O problema pode se manifestar de várias
formas e levar a várias doenças – entre elas, a rinite alérgica, definida como
uma inflamação do revestimento interno da cavidade nasal (mucosa nasal) que é
desencadeada pelo contato com os alérgenos (ácaros, pelos de animais e fungos,
além de outros).
É a danada da inflamação que determina os
quatro principais sintomas da rinite alérgica: nariz entupido, coceira,
espirros e coriza excessiva. Intriga o fato de esses sinais geralmente serem
ignorados. Esse comportamento leva ao prolongamento do quadro e
consequentemente a uma complicação da doença.
A rinite alérgica também exige que o
paciente tenha alguns cuidados. As principais recomendações são manter os
ambientes de casa e do trabalho limpos, trocar os lençóis de cama uma vez por
semana, lavar antes de usar as roupas guardadas por muito tempo, deixar as
janelas abertas para ventilar o ambiente, evitar sair de espaços quentes e ir
para outros muito frios.
Além disso, o paciente deve evitar locais
fechados, não fumar, evitar cheiros fortes, ficar longe de mofo e dos agentes
que desencadeiam a crise. De qualquer forma, nunca é demais frisar que a rinite
alérgica também tem caráter hereditário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário