FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
Enquanto a prevalência de sífilis no Brasil é 1,3%, em Salvador, a DST alcança 1,6% na população geral.
Vistas como os mais comuns problemas de saúde pública em todo
o mundo, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), especialmente a sífilis,
cresceram na Bahia.
De acordo com o presidente da regional baiana da Sociedade
Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Roberto Fontes, enquanto a
prevalência de sífilis no Brasil é 1,3%, em Salvador, a DST alcança 1,6% na
população geral, 9% nas gestantes; 20% dos moradores de rua e 50% na população
de homo e bissexuais masculinos.
“As pessoas desconhecem a gravidade dessa doença que,
geralmente, é uma porta de entrada para a infecção pelo HIV e, que nos estágios
mais graves, pode causar cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas
cardíacos e a morte”, completa o médico.
Mais comuns.
Mas não é só a sífilis. A
gonorreia, a clamídia, a tricomoníase, o HPV (condiloma acuminado ou verruga
genital), cancro mole, herpes genital, hepatite B e a Aids (infecção pelo vírus
HIV) também integram o rol das DSTs mais comuns.
Cada uma delas tem um agente causador distinto, que pode ser
vírus, fungos, protozoários e bactérias. O contágio pelo Papilomavirus Humano
(HPV), por exemplo, é considerado uma das doenças sexualmente transmissíveis
mais comuns, sendo que uma em cada cinco mulheres é portadora do vírus.
No Brasil, o Ministério da Saúde registra 137 mil novos casos
por ano. O problema assume contornos mais preocupantes nesta época do ano,
quando o ciclo de festas populares, as férias e o Verão terminam servindo de
estímulo para o sexo casual.
“Qualquer pessoa que tenha uma relação sexual sem proteção
está exposta às DSTs, que, por sua vez, podem acarretar complicações graves como
o aborto, a infertilidade e até mesmo o câncer genital devido à infecção pelo
HPV”, explica o ginecologista Joaquim Lopes, especialista em Reprodução Humana,
e diretor do Centro de Medicina Reprodutiva - Cenafert.
O médico lembra que ao notar qualquer lesão na região genital
ou sintomas, como feridas, bolhas, verrugas, inchaço, secreção, mau cheiro,
ardência ou coceira, dor pélvica ou mesmo dor no ato sexual, é importante parar
de ter relação sexual.
“É fundamental procurar o médico imediatamente e informar ao
parceiro ou parceira para que faça o mesmo”, orienta o médico, enfatizando que o
tratamento deve ser realizado simultaneamente pelos parceiros.
Gonorreia.
Presente na história do país
desde a chegada dos colonizadores, a gonorreia já foi confundida com a sífilis,
mas a banalização da doença fez com que o tratamento contra a bactéria se
complicasse e exigisse uma classe de medicamentos ainda mais potente.
“Muitas pessoas acham que é só procurar um balconista na
farmácia, esquecendo que o tratamento mal orientado faz com que o agente
causador da doença fique resistente, exigindo um tratamento mais agressivo por
um tempo maior”, explica Fontes.
O médico chama atenção ainda para o fato de que o
micro-organismo causador da gonorreia (Neisseria gonorrhoeae) costuma se
associar à clamídia (Chlamydia trachomatis), tornando o tratamento mais
complexo.
Segundo Fontes, a gonorreia é a inimiga íntima perfeita.
Discreta, ela age sem deixar vestígios, especialmente nas mulheres que, quando
vão descobrir que estão doentes, muitas vezes já estão com as trompas
obstruídas, ovário estragado e sofrem com dores pélvicas crônicas, além de já
terem contaminado seus parceiros.
“O fato da gonorreia não apresentar sintomas na mulher também
é uma armadilha para os homens, que acham que as parceiras estão sadias”,
esclarece o médico, ressaltando que, nos homens, os sintomas costumam aparecer
na forma de abundante secreção purulenta (corrimento) na uretra, prurido
(coceira) e ardência ao urinar.
A gonorreia se disfarça tão bem que não aparece nem mesmo nos
exames preventivos ginecológicos, exigindo que a investigação tome como ponto de
partida os corrimentos vaginais. “Daí a necessidade da prevenção ser realizada
por meio do uso do preservativo”, salienta o médico.
Vale lembrar que os postos de saúde distribuem camisinhas gratuitamente.
“As pessoas desconhecem a gravidade dessa doença que, geralmente, é uma porta de entrada para a infecção pelo HIV e, que nos estágios mais graves, pode causar cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos e a morte”, completa o médico.
Mais comuns.
Mas não é só a sífilis. A gonorreia, a clamídia, a tricomoníase, o HPV (condiloma acuminado ou verruga genital), cancro mole, herpes genital, hepatite B e a Aids (infecção pelo vírus HIV) também integram o rol das DSTs mais comuns.
Cada uma delas tem um agente causador distinto, que pode ser vírus, fungos, protozoários e bactérias. O contágio pelo Papilomavirus Humano (HPV), por exemplo, é considerado uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns, sendo que uma em cada cinco mulheres é portadora do vírus.
No Brasil, o Ministério da Saúde registra 137 mil novos casos por ano. O problema assume contornos mais preocupantes nesta época do ano, quando o ciclo de festas populares, as férias e o Verão terminam servindo de estímulo para o sexo casual.
“Qualquer pessoa que tenha uma relação sexual sem proteção está exposta às DSTs, que, por sua vez, podem acarretar complicações graves como o aborto, a infertilidade e até mesmo o câncer genital devido à infecção pelo HPV”, explica o ginecologista Joaquim Lopes, especialista em Reprodução Humana, e diretor do Centro de Medicina Reprodutiva - Cenafert.
O médico lembra que ao notar qualquer lesão na região genital ou sintomas, como feridas, bolhas, verrugas, inchaço, secreção, mau cheiro, ardência ou coceira, dor pélvica ou mesmo dor no ato sexual, é importante parar de ter relação sexual.
“É fundamental procurar o médico imediatamente e informar ao parceiro ou parceira para que faça o mesmo”, orienta o médico, enfatizando que o tratamento deve ser realizado simultaneamente pelos parceiros.
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