FONTE: JOHANNA NUBLAT, DE BRASÍLIA (www1.folha.uol.com.br).
A idade máxima para a doação
de sangue no país será ampliada dos atuais 67 anos para 69 anos. Com isso, o
governo pretende ampliar em dois milhões o grupo de potenciais doadores.
A informação foi divulgada,
nesta terça-feira (12), pelo Ministério da Saúde. A pasta também anunciou a
publicação de uma portaria que institui como obrigatório um teste mais seguro
para o sangue doado, chamado de NAT.
Em vez de buscar a resposta
imunológica do corpo aos vírus (como faz o teste até então exigido), o NAT
identifica a presença do material genético dos vírus HIV e hepatite C,
reduzindo assim o impacto da janela imunológica (situação em que o indivíduo já
foi infectado pelo vírus, mas seu corpo ainda não apresenta uma resposta a ele).
Desta forma, o NAT minimiza a possibilidade de um sangue contaminado ser usado
em transfusões.
A obrigatoriedade do NAT -já
usado em mais de 90% do sangue doado no SUS, segundo o governo- é uma demanda
antiga dos especialistas, que cobram um passo além: a utilização de um tipo de
NAT que detecta, também, a hepatite B.
O ministro Alexandre Padilha
(Saúde) afirmou que o teste que identifica o vírus da hepatite B já está em
desenvolvimento pela Fiocruz e que a previsão é que ele seja incluído como
obrigatório no próximo ano.
A exigência do NAT consta de
uma recomendação feita pelo Ministério Público Federal em Campinas no mês
passado. O órgão deu 45 dias para que a Saúde instituísse o teste como
obrigatório. Se nada fosse feito, alertou o Ministério Público, o governo seria
acionado na Justiça.
Segundo o Ministério da
Saúde, os hemocentros terão 90 dias para se adequar à nova exigência.
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