sexta-feira, 22 de novembro de 2013

VEJA QUAIS SÃO OS PROBLEMAS GINECOLÓGICOS MAIS FREQUENTES NO VERÃO...


FONTE: Monique Zagari Garcia (corpoacorpo.uol.com.br).

A candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana estão na lista das principais doenças ginecológicas mais recorrentes na estação mais quente do ano. Saiba mais e não deixe de se prevenir!


Está cada vez mais próxima a época em que os termômetros registram as mais altas temperaturas do ano: o verão começa a dar o ar da graça no dia 21 de dezembro, trazendo dias de muito sol e calor. É nessa época que alguns cuidados com o corpo devem ser redobrados, pois é justamente quando a temperatura sobe que alguns episódios desagradáveis podem surgir comprometendo a saúde feminina. “Durante o verão é muito comum que frequentemos piscinas e praias. Dentro deste contexto, o uso prolongado de peças úmidas e roupas com tecidos sintéticos levam ao aumento da umidade e temperatura da região genital, proporcionando condições favoráveis para o crescimento de fungos, protozoários e bactérias no local. Além disso, tais hábitos podem fazer com que os corrimentos tornem-se mais recorrentes nesta época do ano”, esclarece o Dr. Fábio Sakae Kuteken, ginecologista do Hospital São Camilo (SP).

No que diz respeito aos corrimentos, o Dr. Domingos Mantelli Borges Filho (SP) explica que existem diferentes tipos e que cada um exige um tratamento específico. “Sempre que notar algo errado, é fundamental buscar ajuda médica para que o diagnóstico correto seja feito”, alerta. Dentre as doenças ginecológicas mais frequentes no verão, o especialista destacou a candidíase, tricomoníase e vaginose. Entenda cada uma:

Candidíase.

Segundo o Dr. Domingos, a candidíase é causada pelo fungo do gênero cândida, um micro-organismo que pode ser, inclusive, transmitido durante o ato sexual, embora não seja considerada uma DST (doença sexualmente transmissível). A candidíase causa coceira e dor vaginal, dor para urinar, dor no ato sexual e corrimento branco com odor cítrico, tipo leite talhado. “O problema tem cura, e o tratamento deve ser feito com antifúngico via oral e creme vaginal, por uma semana”, ressalta o médico.

Tricomoníase.

“É uma doença causada pelo parasita Trichomonas vaginalis e a transmissão é pela via sexual”, informa o ginecologista. A tricomoníase causa inflamação da vagina que vem acompanhada de um corrimento amarelo-esverdeado de odor desagradável associado à dor para urinar e dor durante o ato sexual. O Dr. Domingos ressalta que se a doença não for tratada é fator de risco para infertilidade e câncer do colo do útero. O tratamento é feito com medicamento via oral e, apesar de ser muito eficiente, não trata outros problemas, como gonorreia e candidíase. “Por isso cada tipo de corrimento conta com um tratamento específico”, justifica.

Vaginose bacteriana.

A vaginose bacteriana é causada principalmente pela bactéria Gardnerella Vaginalis. “Seu principal sinal é um corrimento amarelo ou branco-acinzentado, com um cheiro forte de peixe podre, que piora durante as relações sexuais e a menstruação. Também pode provocar ardor e um pouco de coceira”, informa o especialista. O tratamento também é realizado com medicamento via oral e creme vaginal.

Previna-se!

Anote as dicas simples (mas de ouro!) dadas pelo Dr. Domingos a fim de minimizar os riscos de desenvolver as três doenças:
- Evite usar calças apertadas! Prefira utilizar roupas mais leves e ventiladas como vestidos e saias. Quanto às partes de baixo, calcinhas de algodão as são sempre a melhor opção;
- É fundamental manter a higienização adequada na região genital. Para facilitar, deixe os pelos pubianos sempre aparados. Também é importante fazer higiene íntima após urinar, evacuar, ter relações sexuais e ao trocar o absorvente (a cada quatro horas). O sabonete utilizado deve ser neutro ou sabonete higiênico íntimo indicado pelo ginecologista. “Não utilize sabonete comum na higiene íntima, e após a lavagem externa, utilize toalha higiênica para secar a genitália. O uso regular e descuidado do papel higiênico pode causar irritação local”, alerta o Dr. Domingos.
- Lave roupas íntimas com água e sabão e seque-as ao sol. Não as seque em ambientes fechados e úmidos como banheiros;

- Jamais compartilhe sabonetes, peças íntimas e toalhas

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