FONTE: Monique
Zagari Garcia (corpoacorpo.uol.com.br).
A candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana estão na lista das principais doenças ginecológicas mais recorrentes na estação mais quente do ano. Saiba mais e não deixe de se prevenir!
Está cada vez mais próxima a época em que os
termômetros registram as mais altas temperaturas do ano: o verão
começa a dar o ar da graça no dia 21 de dezembro, trazendo
dias de muito sol e calor. É nessa época que alguns cuidados
com o corpo devem ser redobrados, pois é justamente
quando a temperatura sobe que alguns episódios desagradáveis
podem surgir comprometendo a saúde feminina. “Durante o verão
é muito comum que frequentemos piscinas e praias. Dentro deste
contexto, o uso prolongado de peças úmidas e roupas
com tecidos sintéticos levam ao aumento da umidade e
temperatura da região genital, proporcionando condições favoráveis
para o crescimento de fungos, protozoários e bactérias no
local. Além disso, tais hábitos podem fazer com que os corrimentos
tornem-se mais recorrentes nesta época do ano”, esclarece o Dr. Fábio Sakae Kuteken,
ginecologista do Hospital São Camilo (SP).
No que diz respeito aos corrimentos, o Dr. Domingos Mantelli Borges Filho (SP) explica que existem diferentes tipos e que cada um exige um tratamento específico. “Sempre que notar algo errado, é fundamental buscar ajuda médica para que o diagnóstico correto seja feito”, alerta. Dentre as doenças ginecológicas mais frequentes no verão, o especialista destacou a candidíase, tricomoníase e vaginose. Entenda cada uma:
Candidíase.
Segundo o Dr. Domingos, a candidíase
é causada pelo fungo do gênero cândida, um micro-organismo
que pode ser, inclusive, transmitido durante o ato sexual,
embora não seja considerada uma DST (doença sexualmente
transmissível). A candidíase causa coceira e dor
vaginal, dor para urinar, dor no ato sexual e corrimento branco com odor
cítrico, tipo leite talhado. “O problema tem cura, e
o tratamento deve ser feito com antifúngico via oral e creme vaginal,
por uma semana”, ressalta o médico.
Tricomoníase.
“É uma doença causada pelo parasita
Trichomonas vaginalis e a transmissão é pela via sexual”,
informa o ginecologista. A tricomoníase causa inflamação
da vagina que vem acompanhada de um corrimento
amarelo-esverdeado de odor desagradável associado à dor
para urinar e dor durante o ato sexual. O Dr. Domingos ressalta que se
a doença não for tratada é fator de risco para infertilidade e câncer
do colo do útero. O tratamento é feito com medicamento via
oral e, apesar de ser muito eficiente, não trata outros problemas,
como gonorreia e candidíase. “Por isso cada tipo de corrimento
conta com um tratamento específico”, justifica.
Vaginose bacteriana.
A vaginose bacteriana é causada
principalmente pela bactéria Gardnerella Vaginalis. “Seu
principal sinal é um corrimento amarelo ou branco-acinzentado,
com um cheiro forte de peixe podre, que piora durante as relações
sexuais e a menstruação. Também pode provocar ardor
e um pouco de coceira”, informa o especialista. O tratamento também é
realizado com medicamento via oral e creme vaginal.
Previna-se!
Anote as dicas simples (mas de
ouro!) dadas pelo Dr. Domingos a fim de minimizar os riscos de
desenvolver as três doenças:
- Evite usar calças apertadas!
Prefira utilizar roupas mais leves e ventiladas como vestidos
e saias. Quanto às partes de baixo, calcinhas de algodão
as são sempre a melhor opção;
- É fundamental manter a higienização
adequada na região genital. Para facilitar, deixe os pelos
pubianos sempre aparados. Também é importante fazer higiene
íntima após urinar, evacuar, ter relações sexuais e
ao trocar o absorvente (a cada quatro horas).
O sabonete utilizado deve ser neutro ou sabonete
higiênico íntimo indicado pelo ginecologista. “Não
utilize sabonete comum na higiene íntima, e
após a lavagem externa, utilize toalha higiênica
para secar a genitália. O uso regular e descuidado do papel
higiênico pode causar irritação local”, alerta o Dr.
Domingos.
- Lave roupas íntimas com água
e sabão e seque-as ao sol. Não as seque em ambientes
fechados e úmidos como banheiros;
- Jamais compartilhe sabonetes, peças
íntimas e toalhas.
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