Na verdade, existem algumas
notícias muito boas se você passar pela menopausa tardia e não pela antecipada:
viver mais.
É verdade que a
menopausa tardia está associada ao risco acentuado de câncer de mama, dos
ovários e do endométrio. Porém, "no cômputo geral, a maioria é de boas
notícias. A idade mais avançada para a menopausa está associada à melhor saúde,
vida mais longa e menos doenças cardiovasculares", afirmou Ellen B. Gold,
professora emérita de epidemiologia do Departamento de Saúde Pública da
Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, campus de Davis, e
principal investigadora do estudo nacional sobre a saúde da mulher nos Estados
Unidos.
Quem enfrenta a
menopausa tardia tem menor risco de doença cardíaca e de derrame, e também
costuma ter ossos mais fortes, menos osteoporose e um número menor de fraturas
do que quem tem a menopausa precoce. A idade média da menopausa, quando a
mulher tem sua última menstruação, é de 51 anos, segundo os Institutos
Nacionais de Saúde dos EUA.
Embora os cânceres
ligados à reprodução, em especial o de mama, sejam uma preocupação para quem
vive a menopausa tardia, "eles são mais raros do que as doenças
cardiovasculares e, com a possível exceção do câncer de ovário, o de mama e do
endométrio costumam ser tratáveis quando detectados no começo", declarou
Gold.
Um estudo de 2005 com
12.134 holandesas no pós-menopausa, que foram acompanhadas durante 17 anos,
constatou que a mortalidade ajustada pela idade foi reduzida dois por cento a
cada ano de aumento para o início da menopausa. Embora o risco de morrer de
câncer uterino ou de ovário fosse cinco por cento maior, a aterosclerose era
dois por cento menor para quem teve menopausa tardia, e o resultado final foi
uma expectativa de vida aumentada, segundo o estudo, publicado em "Epidemiology".
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