FONTE: Acorda Cidade, TRIBUNA DA BAHIA.
A informação consta de levantamento encomendado
pelo fórum ao Instituto Datafolha, que ouviu 1.307 pessoas em 84 municípios com
mais de 100 mil habitantes na última terça-feira (28.07). A margem de erro é de
3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Os
moradores das cidades brasileiras têm medo de morrer assassinados. É o que
constata pesquisa divulgada nessa sexta (31.07) pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, mostrando que essa possibilidade preocupa 81% da população
com mais de 16 anos.
A informação
consta de levantamento encomendado pelo fórum ao Instituto Datafolha, que ouviu
1.307 pessoas em 84 municípios com mais de 100 mil habitantes na última
terça-feira. (28.08). A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou
para menos.
“Sessenta
e três por cento das pessoas têm muito medo [de morrer assassinadas] e 49%, com
medo, acham que podem ser vítimas já no próximo ano”, disse o vice-presidente
do fórum, Renato Sérgio de Lima, que apresentou os dados. “Ou seja, temos uma
população atemorizada”, destacou.
Em
2012, o número de pessoas com medo de morrer assassinadas era menor. Naquele
ano, levantamento do Datafolha feito em cidades com 15 mil habitantes mostrava
que 65% tinham medo. Em 2015, o medo é maior entre mulheres, pessoas de cor
preta e do Nordeste.
O
levantamento também mostra que 62% da população tem medo da Polícia Militar,
especialmente pessoas entre 16 e 24 anos, que recebem até dois salários mínimos
(68%) e são pretas (71%).
No caso
da Polícia Civil, o medo foi manifestado por 53% dos entrevistados, a maioria
mulheres. “Essa é uma informação [sobre as policias] que requer reflexão,
destacou Renato de Lima.
Outro
dado revelador foi a constatação de que mais da metade dos brasileiros – 52% –
têm um conhecido ou parente que foi vítima de homicídio e de que 20% deles já
foram vítimas de ameaça de homicídio. “Isso diz que a população não está com
medo à toa, a violência faz parte do cotidiano”, afirmou.
Para
enfrentar o problema, que coloca o Brasil na lista dos países que concentram homicídios
no mundo e está no sétimo lugar em número de assassinatos na América Latina,
segundo as Nações Unidas, a população quer ações integradas de governos que não
passem por abordagens agressivas com suspeitos, conforme apontam também os
dados do Datafolha.
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