FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
Pesquisa teve envolvimento de 25
associações de pacientes.
O Brasil é um dos líderes mundiais quando o assunto é
preconceito. Isso foi o que mostrou a pesquisa global “Clear About Psoriasis”,
encomendada pela farmacêutica Novartis. Entre os 31 países pesquisados, o
Brasil apresentou uma das maiores médias, ao lado do Taiwan e Coréia do Sul,
quando o assunto é discriminação e humilhação. Noventa e seis por cento dos pesquisados
afirmaram já ter passado por uma situação de constrangimento e 62% afirmaram
que já foram questionados se a doença é contagiosa.
Além disso, 57% por cento das pessoas afirmaram se sentir
constrangidas com a sua pele, 41% tem autoestima baixa e 38% se sentem
deprimidos por conta da psoríase. Setenta e nove por cento dos entrevistados
brasileiros não frequentam ou evitam frequentar praia ou piscina ou não sentem
confortáveis utilizando roupas de banho. De acordo com os dados globais,
as mulheres reportam mais sentimentos como vergonha, baixa autoestima ou falta
de confiança, do que os homens. Além disso, pacientes que alcançam a pele sem
lesão ou quase sem lesão se sentem menos afetados pela sua doença.
Realizada com 8338 pessoas, a pesquisa – que contou com o
envolvimento de 25 associações de pacientes - apontou o impacto da
psoríase na qualidade de vida dos pacientes, uma vez que a doença não afeta só
a saúde, mas a autoestima, os relacionamentos e a vida profissional. No Brasil,
a amostragem foi de 426 pacientes, sendo 60% mulheres e 40% homens. Desses
pacientes, 61% têm artrite psoriásica (doença que associa sintomas da psoríase
com artrite), além da psoríase em placas e cerca de 56% não alcançaram pele sem
lesão. Países latinos como México e Argentina tiveram índices melhores nesse
quesito, abaixo inclusive da média global, que foi de 84%1. No país, a
associação responsável foi a Psoríase Brasil.
Relações sofridas.
Vale salientar que 71% dos pacientes brasileiros entrevistados são casados ou estão em um relacionamento, no entanto,56% dos pacientes sentem que a psoríase impactou nas suas relações passadas ou atuais. Esse é outro índice cuja média brasileira mostrou-se superior a média global de 43%.As relações sexuais estão entre os principais desafios para esses pacientes, cerca de 40% evitam o contato íntimo com outras pessoas.
Vale salientar que 71% dos pacientes brasileiros entrevistados são casados ou estão em um relacionamento, no entanto,56% dos pacientes sentem que a psoríase impactou nas suas relações passadas ou atuais. Esse é outro índice cuja média brasileira mostrou-se superior a média global de 43%.As relações sexuais estão entre os principais desafios para esses pacientes, cerca de 40% evitam o contato íntimo com outras pessoas.
Cerca de 60% dos pacientes empregados afirmaram que já
perderam um dia de trabalho nos últimos seis meses por causa da doença. 53% dos
pacientes brasileiros afirmam que a psoríase tem impacto na sua vida
profissional, esse índice varia de acordo com a gravidade da doença. No
universo entrevistado, 42% afirmam que não são totalmente produtivos por causa
da coceira. Outros 36% não frequentam eventos sociais no trabalho e 28% tem medo
de perder o emprego em função da doença.
Aproximadamente 3 milhões de brasileiros sofrem com os
sintomas da psoríase, doença de pele crônica e inflamatória que tem origem
quando o próprio organismo faz com que células da pele comecem a se renovar
mais rápido que o normal, causando lesões avermelhadas, coceira, descamação e
dor. “Ao contrário de outras doenças crônicas, por ser de pele, a psoríase não
permite que o paciente se esconda. Ela está ali escancarada no dia a dia e o
desconhecimento da população em geral causa muito preconceito. Por isso, é
fundamental que as pessoas conheçam a psoríase e saibam que ela não é
contagiosa e com o tratamento correto o paciente pode levar uma vida melhor”,
reforça o chefe do ambulatório de psoríase do Hospital das Clínicas da
Universidade de São Paulo, Ricardo Romiti.
Custo elevado.
O efeito da psoríase na qualidade de vida tem se mostrado semelhante ao de patologias como o câncer, doenças cardíacas, artrite, diabetes tipo 2 e depressão. Em média, os pacientes precisaram ver quatro profissionais de saúde diferentes antes de conseguir uma pele sem lesões ou quase sem lesões. Na média os pacientes precisaram de quatro tratamentos diferentes antes de conseguir uma pele sem lesões ou quase sem lesões.
O efeito da psoríase na qualidade de vida tem se mostrado semelhante ao de patologias como o câncer, doenças cardíacas, artrite, diabetes tipo 2 e depressão. Em média, os pacientes precisaram ver quatro profissionais de saúde diferentes antes de conseguir uma pele sem lesões ou quase sem lesões. Na média os pacientes precisaram de quatro tratamentos diferentes antes de conseguir uma pele sem lesões ou quase sem lesões.
Em média, um paciente com psoríase gasta mais de mil
reais por mês se somadas as despesas com medicamentos, consultas médicas,
tratamentos alternativos, maquiagem, roupas especiais, nutricionista, entre
outras.
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