Uma equipe de cientistas chineses usou, na sexta-feira, a
técnica de ponta de edição de genes CRISPR-Cas9 em humanos pela segunda vez na
história, injetando genes humanos modificados em um paciente de câncer, na
esperança de eliminar a doença.
Nos Estados Unidos, os primeiros planos de testar o CRISPR em pessoas ainda não começaram. Mas, na China, as coisas parecem estar se movendo relativamente rápido.
No último outono do hemisfério norte, uma equipe do West China Hospital, da Universidade Sichuan, usou o CRISPR pela primeira vez em um adulto com câncer de pulmão. No novo teste, noticiado pelo Wall Street Journal, genes alterados foram injetados em um paciente com um tipo raro de câncer cerebral e de pescoço, chamado de nasopharyngeal carcinoma, no Nanjing Drum Tower Hospital, da Universidade Nanjing.
O objetivo é usar o CRISPR, que permite aos cientistas cortar pedaços de DNA com maior facilidade do que as técnicas mais antigas de edição de genes, para suprimir a atividade de um gene que esteja prevenindo o corpo de um paciente de lutar efetivamente contra a doença. Na sexta-feira, a universidade anunciou que o primeiro paciente tinha recebido uma infusão de células alteradas, que são tiradas de seu corpo e alteradas em um laboratório antes de serem injetadas de volta.
Ao todo, 20 pacientes com câncer gástrico, nasopharyngeal carcinoma e linfoma deverão participar dos testes. A primeira fase deve ser concluída no próximo ano.
O outro teste chinês, no qual cientistas modificaram células imunes para atacarem o câncer de pulmão em 11 pacientes, deve lançar seus resultados neste ano, de acordo com o Journal.
O primeiro teste humano de CRISPR nos Estados Unidos está programado para começar neste verão do hemisfério norte, na Universidade da Pensilvânia, após receber um selo regulatório de aprovação para seguir em frente no ano passado. Nesse teste, cientistas planejam alterar geneticamente as células imunes de pacientes para atacarem três tipos diferentes de câncer.
Claramente, uma corrida pela cura do câncer com o CRISPR está a caminho. E, pelo menos por enquanto, os chineses parecem estar vencendo os norte-americanos.
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