Um estudo da Universidade de Buffalo,
nos Estados Unidos, alerta para os potenciais efeitos adversos do uso do
metilfenidato em indivíduos que não sofrem de TDAH, o transtorno de deficit de
atenção e hiperatividade.
Experimentos com animais indicaram
que indivíduos saudáveis que utilizam o estimulante podem ter problemas de
sono, além de alterações cerebrais associadas a comportamentos de risco. E isso
pode ser particularmente perigoso na adolescência, quando o cérebro ainda está
em formação.
Conhecido popularmente como ritalina,
o metilfenidato tem sido usado por muitos estudantes na tentativa de melhorar a
concentração e o desempenho nas provas. O remédio é adquirido no mercado negro
ou com os usuários que têm prescrição.
Pacientes com TDAH têm uma espécie de
efeito paradoxal com a droga – apesar de se tratar de um estimulante, eles
ficam mais tranquilos e focados. Apesar dos benefícios para esses pacientes
serem bem estabelecidos, há poucos trabalhos científicos voltados para o uso
ilícito desse medicamento.
A pesquisa foi feita em ratos com
idade equivalente à adolescência em humanos. Os animais apresentaram mudanças
químicas no cérebro que afetaram as áreas ligadas ao sistema de recompensa e à
atividade locomotora. Isso resultou em distúrbios de sono, perda excessiva de
peso, atividade aumentada e tendência a atitudes de risco.
Em artigo publicado no Journal of
Neural Transmission, os autores observam que compreender melhor os efeitos
do metilfenidato é importante para que se conheçam os riscos da substância para
jovens que a utilizam ocasionalmente.
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