Uma
australiana vem sendo alvo de ataques e recebeu ameaças de morte desde que
anunciou publicamente nas redes sociais ter demitido uma de suas funcionárias
pelo que alegou ser discurso de ódio contra homossexuais.
Na
publicação, feita no último domingo (17) em sua página do Facebook, Madlin Sims
relatou o caso. Segundo ela, a funcionária, identificada como Madeline, uma
jovem cristã de 18 anos, teria deixado público sua decisão de votar
"não" na pesquisa que decidirá sobre a legalização do casamento entre
pessoas do mesmo sexo no país.
"Anunciar
o seu desejo de votar não é, para mim, discurso de ódio. Votar 'não' é [um ato]
homofóbico. Anunciar a sua homofobia é discurso de ódio. Como dona de um
negócio, eu não posso ter alguém que publicamente representa o meu negócio
postando discursos de ódio na internet", escreveu Madlin, completando:
"Não está tudo bem em votar 'não'. Não está tudo bem em ser homofóbico.
Isso não é uma questão de opinião ou religião. É questão de amor e vida de
seres humanos reais. Liberdade de expressão está aí por um motivo, assim como
as consequências também estão. Não era uma questão de 'você está votando 'não',
você está demitida'. Houve conversas anteriores."
Em entrevista
ao canal "ABC", a funcionária alegou que trocou apenas a foto de
perfil de seu Facebook por uma com o filtro "É ok votar 'não'", além
de afirmar nunca ter falado sobre suas crenças em relação ao casamento de
pessoas do mesmo gênero.
A publicação
rapidamente viralizou. Desde então, a australiana vem recebendo ataques onlines
e até mesmo ameaças de morte, segundou revelou ao "Metro.uk".
Apesar da
polêmica envolvendo o caso, alguns internautas questionaram a atitude de
demitir uma pessoa com base em suas escolhas de voto. "Isto é um absurdo.
Como você pode honestamente acreditar que tem o direito de demitir alguém com
base em como eles votam? Eu voto 'sim', mas acredito que pessoas como você
estão definindo uma prioridade muito perigosa. Não podemos silenciar
opiniões", questionou um homem.
"Eu
arrisquei o meu negócio e minha integridade fazendo isso, mas eu realmente não
ligo porque eu poderei acordar amanhã e me casar com quem eu quiser",
finalizou Madlin.
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