Encarada
como um grande tabu em décadas passadas, a tatuagem já não é
mais acompanhada pelo estereótipo marginal de outrora. Há quem diga que
não leva muito tempo para que o diferente seja aquele com a pele intacta, não o
contrário.
Dados do
Sebrae comprovam a popularidade altíssima da tatuagem no Brasil: entre 2009 e 2012,
o ramo das agulhas e dos piercings cresceu 413%.
Emboraa
procura por tatuagens seja comum e os pigmentos na pele cada vez mais aceitos,
gravar um desenho no corpo pode ter consequências negativas.
A
tinta altera o sistema de resfriamento natural do corpo, fazendo com que o
indivíduo transpire menos e perca mais sódio, elemento essencial para as trocas
celulares. A transpiração, vale lembrar, serve para equilibrar o corpo com
o meio externo e ajuda a eliminar substâncias tóxicas.
Um
estudo do departamento de fisiologia do Alma College, em Michigan, nos Estados
Unidos, investigou qual era a interferência das agulhas no funcionamento das
glândulas sudoríparas (de 3 a 5 milímetros abaixo da camada superficial da
pele).
Dez
voluntários saudáveis, com média de idade de 21 anos e tatuagens nos
braços,ombros ou costas, de pelo menos 5,2 centímetros quadrados, se submeteram
a testes para avaliar se existiam alterações no nível de suor. A única condição
era que,no canto oposto, a pele não tivesse nenhuma tatuagem (o braço direito
tatuado;o esquerdo, não, por exemplo).
Nas
áreas tatuadas, 0,18 miligramas de suor por centímetros quadrados foram
produzidos por minuto, enquanto 0,35 miligramas foram registrados na pele sem
tinta.
A
concentração de sódio também foi preocupante: nove, entre os dez participantes,
tiveram teor de sódio maior na transpiração das áreas tatuadas do que nas
limpas.
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