FONTE: *** Carol Salles, Colaboração para o UOL, (http://estilo.uol.com.br).
Ela atua na formação de colágeno, dentes, ossos,
tecidos conjuntivos e pele, facilita a absorção de ferro e é antioxidante (ou
seja, protege da oxidação uma série de moléculas no organismo, como proteínas,
lipídeos de membranas, DNA, etc).
Embora seja imprescindível para o organismo,
a vitamina C, ou ácido ascórbico, não é produzida por ele. Portanto, ingerir
alimentos que a contêm é essencial.
É sabido que laranja, limão e acerola são
ricos no nutriente, mas caju, goiaba, morango, kiwi, salsinha, pimentão vermelho
e melancia também possuem boas quantidades. Conheça, a seguir, o que é fato e o que é mito quando se trata de vitamina C.
*** Fontes: Lessia Ilnicki, nutróloga do Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, Ana Luisa Kremer Faller, nutricionista e
professora-adjunta do Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro), e Marciane Milanski, professora do
curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas).
5 dúvidas sobre a vitamina C.
1 - A suplementação é sempre necessária.
Mito.
A recomendação de ingestão diária desse micronutriente é de 75 mg para mulheres
e 90 mg para homens. Essa quantidade não é difícil de se atingir por meio da
alimentação - quem segue a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde)
de consumir de 5 a 9 porções de frutas, verduras e hortaliças por dia não
precisa se preocupar em suplementar. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares
do IBGE mostram, inclusive, que a média de consumo de vitamina C pelo
brasileiro é adequada. É bom saber que a vitamina consumida além da necessidade
individual é excretada pela urina. No entanto, o excesso pode provocar dor
abdominal, diarreia, vômito, insônia e, em alguns casos, predispor à formação
de cálculos renais. Quando a suplementação, de fato, é necessária (como na
anemia ferropriva, por exemplo), ela pode ser feita por meio de comprimidos
efervescentes, cápsulas ou sachês. Todas essas formas são eficientes, mas preste
atenção nas embalagens. Muitas das formas efervescentes, por exemplo, contêm
açúcar como flavorizante, o que contra-indica seu uso em pacientes diabéticos
ou obesos.
Mito.
A vitamina C, de fato, é essencial para um sistema imunológico fortalecido e
sabe-se que há uma relação entre o seu consumo e a redução da frequência de
afecções respiratórias das vias superiores. No entanto, esse efeito é
facilmente atingido por meio da alimentação. Alguns trabalhos isolados, com
públicos específicos, mostram que, em alguns casos, a suplementação de vitamina
C, quando associada ao zinco, pode reduzir a duração e severidade dos sintomas
do resfriado, porém não são reduções com grande significância clínica.
3 - Diminui o risco de catarata.
Possivelmente.
O tema ainda vem sendo estudado, mas algumas pesquisas, como a realizada na
universidade King's College London, na Inglaterra, relaciona o consumo de
nutrientes antioxidantes com a prevenção de catarata relacionada à idade. O
estudo foi feito com 324 pares de gêmeas. Ao final de 10 anos, aquelas que
tinham consumido mais vitamina C apresentaram 33% menos chance de desenvolver
catarata. Vale dizer, ainda, que o estudo não verificou uma diminuição
significativa do risco entre aquelas que tomavam suplementos. Portanto,
continua valendo a recomendação de incluir vegetais, frutas e verduras na
dieta.
Verdade.
Isso porque a vitamina C é fundamental para a formação de colágeno, uma das
proteínas que garantem a sustentação da pele e que também tem parte importante
nos processos de cicatrização. Além disso, por sua ação antioxidante, ajuda a
proteger contra os danos causados pelos raios ultravioletas do sol na pele.
Topicamente, ou seja, aplicada sobre a pele na forma de cremes ou séruns,
auxilia em tratamentos de clareamento de manchas. Isso porque a vitamina inibe
a produção de uma enzima chamada tirosinase - que, por sua vez, participa da
formação de melanina, o pigmento responsável pelo tom e manchas marrons na
pele. A ingestão adequada desse nutriente, no entanto, é o fator mais
importante para a saúde da pele, se sobrepondo aos benefícios do tratamento
tópico. Em outras palavras, cremes não irão auxiliar neste sentido se os níveis
de vitamina C no sangue não estiverem adequados.
5 - Deve ser consumida fresca.
Verdade.
A vitamina C se degrada facilmente, perdendo parte de suas propriedades, quando
exposta ao oxigênio ou à luz. Por isso, industrializados como suco de laranja
pasteurizado ou polpas congeladas têm teor reduzido do nutriente. Para obter o
máximo do alimento, é importante prepará-lo no momento do consumo, além de
evitar armazená-lo por muito tempo (mesmo congelado) se já estiver cortado ou
cozido. Além disso, recomenda-se refogar ou cozinhar no vapor, ao invés de
colocar na água fervente ou no forno. Por fim, se optar por um suco
pasteurizado, prefira aquele com data de fabricação mais recente.
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