Uma banana com textura
parecida com sorvete, sabor de baunilha e cor azulada? Pode parecer curioso,
mas a banana Blue Java existe e causa curiosidade onde aparece. Afinal, ela é
completamente diferente de tudo o que vemos em terras tupiniquins, mas muito
comum no Havaí, na Oceania e até mesmo entre alguns vizinhos nossos das
Américas Central e do Sul.
Essa variedade de
banana chama a atenção pela aparência, com a planta em si alcançando até seis
metros de altura, os frutos um pouco maiores que o habitual, e a forma de
consumo – quanto menos madura, melhor. É ainda nova que ela mantém a cor azul,
depois a banana fica com uma tonalidade mais pálida, com a polpa cremosa
branca.
Não se sabe exatamente
como essa variedade surgiu, mas, segundo a Sociedade Internacional da Banana, a
Musa acuminata × balbisiana Blue Java teve seus primeiros registros de cultivo
na Índia, e curiosamente foi levada para outros países. Menos para o Brasil,
segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
À reportagem, a Embrapa
afirmou que não tem registros de pesquisa da banana azul em território
nacional. E a fruta realmente pode ser um pouco difícil de ser encontrada por
aqui.
A consultora e chef
curitibana Taissa Schuartz conheceu a banana azul há quatro anos, quando viajou
à Argentina visitar a filha que fazia faculdade lá. No alojamento da jovem em
Buenos Aires, ela conheceu duas estudantes do Equador que tinham alguns frutos
– importados em malas de viagem.
Taissa conta que achou
a banana azul muito curiosa, mas com um sabor característico e uma textura que
lembra muito a massa usada para o preparo de salgados fritos.
“Achei bem interessante que essa banana só é
azul enquanto ainda está nova, depois vai perdendo a coloração. Aí elas me
ensinaram uma receita em que a gente cozinha a banana e vai amassando e batendo
até virar uma massa. Ao fim, essa pasta fica com uma consistência que parece a
massa da coxinha, e recheia com queijo, carne, o que quiser, empana e frita”,
explica a chef.
Ela diz que a banana
tem um sabor que realmente remete à baunilha, mas que, dependendo do preparo,
pode perder um pouco do dulçor. Registros da Sociedade Internacional da Banana
apontam que ela pode ser consumida tanto ainda nova, na tonalidade azul, como
mais madura.
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