Evitar a obstrução das
artérias nos pacientes é a grande meta dos médicos, mas o diagnóstico precoce é
seu segundo principal objetivo. A partir dele, o médico pode sugerir mudanças
no estilo de vida do paciente e utilizar terapias clínicas que retardem ou
impeçam a ocorrência de infartos do miocárdio.
Aliás, muitos pacientes ficam surpresos ao ler a respeito de alguns dos
indícios de doença cardíaca.
1
Disfunção erétil.
Os homens têm um
sistema de alarme embutido contra a doença coronariana silenciosa. A
dificuldade ou impossibilidade de ereção pode ser um sinal de artérias da pelve
obstruídas que antecede um infarto do miocárdio. Em média, decorrem três a
cinco anos entre o surgimento da disfunção erétil e a descoberta da doença
coronariana. Tempo suficiente para diagnosticar e evitar problemas cardíacos.
Se você e sua parceira estão preocupados com o desempenho sexual, procure e
trate as causas básicas da doença arterial. Faça isso antes de tomar um
daqueles comprimidos azuis.
2
Calvície.
Num novo estudo
abrangente com quase 37 mil homens, a calvície total
no alto da cabeça se mostrou um forte previsor da presença de doença arterial
coronariana em qualquer idade. Em outro estudo com mais de 7 mil participantes
(dos quais mais de 4 mil eram mulheres), a calvície moderada a grave dobrou o
risco de morrer de doença cardíaca em ambos os sexos.
3
Ruga na orelha.
Um dos marcadores mais
peculiares, uma ruga no lóbulo da orelha (especificamente, uma ruga inclinada
que desce em diagonal do canal auricular até a borda inferior do lóbulo). Ela é
mencionada há décadas em relatórios de pesquisas médicas como sinal de doença
arterial coronariana silenciosa. A ruga pode ser consequência de má circulação,
inclusive das artérias do coração. Embora alguns profissionais da medicina
tenham argumentado que as rugas são apenas sinais gerais de envelhecimento, em
2016, os pesquisadores usaram tomografias sofisticadas para medir a doença
arterial coronariana silenciosa. Constataram que a ruga permitia prever a
doença mesmo depois de descontados outros fatores de risco, como idade e
tabagismo.
4
Dor na panturrilha ao andar.
É a chamada claudicação
(da palavra latina que significa “mancar”). A aterosclerose pode obstruir as
artérias das pernas, principalmente em fumantes, antes do diagnóstico da doença
arterial coronariana. Esse sintoma exige avaliação imediata. Assim, médico
examinará o pulso das pernas e fará medições simples da pressão arterial e do
fluxo sanguíneo para confirmar o diagnóstico de má circulação.
É importantíssimo que a
cardiopatia, isto é, seja diagnosticada o mais cedo possível. Além disso,
há muitos tratamentos, nutricionais e clínicos, que
ajudam a reverter o problema. Alguns pacientes levaram a sério essas primeiras
dicas. Portanto, passam a comer mais vegetais e menos produtos animais e a
começar um programa de caminhada. Assim, a dor na panturrilha sumiu em poucas
semanas e há anos não volta. Quem apresenta algum desses sintomas deve medir
com frequência a pressão arterial, o colesterol e
a glicose em jejum.
Pergunte a seu médico se não seria bom fazer um eletrocardiograma. Além de uma
tomografia das artérias coronárias, a fim de determinar o nível de cálcio; ou
um ecocardiograma com estresse físico.
Você deve tomar algumas
medidas para reverter o quadro de obstrução das artérias, pois o diagnóstico precoce
ajuda a não agravar a situação. Veja algumas dicas em nosso artigo Obstrução das artérias: revertendo o quadro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário