Segundo o IBGE, reforço
do 13º contribui para consagrar o matrimônio.
Apesar de maio ser historicamente conhecido como o mês das noivas, não é
nesse período em que são realizados o maior número de casamentos na Bahia.
Casar é caro e requer investimento, por isso muitos baianos aproveitam o
reforço de caixa com o 13º salário e decidem consagrar o matrimônio em dezembro,
conforme revelou levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Em 2017, pelo segundo ano consecutivo, houve na Bahia um movimento
contrário ao do País como um todo, que registrou recuo de 2,3% no total de
casamentos civis. Na contramão, o estado baiano apresentou o maior aumento no
número de uniões formalizadas, passando de 60,7 mil para 64,5 mil - ou
seja, um aumento de 6,3% na comparação com 2016.
Em termos percentuais, o aumento dos casamentos na Bahia foi o 3º maior
do país, abaixo apenas de Amapá (11,1%) e Acre (9,9%), cujos acréscimos em
termos absolutos foram bem menos significativos que o baiano (mais 307 e 506
casamentos respectivamente). De 2016 para 2017, o número de casamentos aumentou
em apenas 9 dos 27 estados. O crescimento na Bahia foi o maior registrado no
estado desde 2014 e atingiu seu recorde na série histórica.
O maior número de casamentos na Bahia foi concentrado nas uniões entre
pessoas de sexos diferentes, que cresceram 6,4%, de 60.567 para 64.438 (mais
3.871), enquanto os casamentos entre pessoas do mesmo sexo recuaram 16,2%, de
167 para 140, entre 2016 e 2017. Também nesse ponto a Bahia apresentou
movimento inverso ao nacional: no Brasil, embora o total de casamentos tenha
caído entre 2016 e 2017, as uniões entre pessoas do mesmo sexo tiveram aumento
de 10,0%: de 5.354 para 5.887.
A maior parte dos 64.578 casamentos formalizados no estado em 2017
ocorreu em dezembro, com 8.892 casamentos, o que representa 13,8% do total.
Maio foi apenas o 8º mês em termos de número de casamentos realizados, com
5.173 uniões formalizadas, 8% do total. O instituto acredita que a liberação do
13º salário tenha sido o quesito mais significativo para este fenômeno.
Duração média dos
casamentos cai de 18 para 15 anos.
Casamento envolve confiança e companheirismo. Mas nem sempre a união dá
certo. Mesmo que tenha aumentado o número de casamentos, a duração média das
uniões apresentou baixa.
Em 2007, os casamentos duravam, em média, 18 anos. Dez anos depois, em
2017, o tempo médio entre o casamento e o divórcio caiu para 15 anos.
Entretanto, mesmo com o encurtamento de três anos, os casamentos em média duram
mais na Bahia do que no país como um todo e estão entre os mais longevos dentre
os estados.
Segundo o IBGE, no Brasil, em 2007, o tempo médio entre a data do
casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de 17 anos. Em
2017, caiu para 14 anos. A redução do tempo médio no estado baiano foi a 4º
menor do país e, por isso, a Bahia subiu no ranking de duração média dos
casamentos, passando de 13º para 7º lugar entre 2007 e 2017.
Em 2017, os casamentos eram mais longos, em média, no Piauí (18 anos),
Rio Grande do Sul (17 anos) e Rio Grande do Norte (16 anos). No outro extremo
estavam Rondônia (11 anos), Acre (11 anos) e Mato Grosso do Sul (12
anos).
Divórcios.
Foram concedidos, em 2017, 20.371 divórcios na Bahia, um aumento de 3,3%
em relação a 2016. Foi um crescimento significativamente menor que a média
nacional (+8,3%, somando 373.216 em 2017) e o quinto menor entre os 20 estados
que viram esse número aumentar entre 2016 e 2017.
Segundo o IBGE, os dados referentes ao ano de 2018 só devem ser
divulgados no final deste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário