quarta-feira, 22 de maio de 2019

DEZEMBRO É O MÊS DOS CASAMENTOS NO BRASIL...

FONTE: Rayllanna Lima,Salvador, https://www.trbn.com.br

Segundo o IBGE, reforço do 13º contribui para consagrar o matrimônio.

      

Apesar de maio ser historicamente conhecido como o mês das noivas, não é nesse período em que são realizados o maior número de casamentos na Bahia. Casar é caro e requer investimento, por isso muitos baianos aproveitam o reforço de caixa com o 13º salário e decidem consagrar o matrimônio em dezembro, conforme revelou levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2017, pelo segundo ano consecutivo, houve na Bahia um movimento contrário ao do País como um todo, que registrou recuo de 2,3% no total de casamentos civis. Na contramão, o estado baiano apresentou o maior aumento no número de uniões formalizadas, passando de 60,7 mil para 64,5 mil - ou seja, um aumento de 6,3% na comparação com 2016.

Em termos percentuais, o aumento dos casamentos na Bahia foi o 3º maior do país, abaixo apenas de Amapá (11,1%) e Acre (9,9%), cujos acréscimos em termos absolutos foram bem menos significativos que o baiano (mais 307 e 506 casamentos respectivamente). De 2016 para 2017, o número de casamentos aumentou em apenas 9 dos 27 estados. O crescimento na Bahia foi o maior registrado no estado desde 2014 e atingiu seu recorde na série histórica. 

O maior número de casamentos na Bahia foi concentrado nas uniões entre pessoas de sexos diferentes, que cresceram 6,4%, de 60.567 para 64.438 (mais 3.871), enquanto os casamentos entre pessoas do mesmo sexo recuaram 16,2%, de 167 para 140, entre 2016 e 2017. Também nesse ponto a Bahia apresentou movimento inverso ao nacional: no Brasil, embora o total de casamentos tenha caído entre 2016 e 2017, as uniões entre pessoas do mesmo sexo tiveram aumento de 10,0%: de 5.354 para 5.887.

A maior parte dos 64.578 casamentos formalizados no estado em 2017 ocorreu em dezembro, com 8.892 casamentos, o que representa 13,8% do total. Maio foi apenas o 8º mês em termos de número de casamentos realizados, com 5.173 uniões formalizadas, 8% do total. O instituto acredita que a liberação do 13º salário tenha sido o quesito mais significativo para este fenômeno. 

Duração média dos casamentos cai de 18 para 15 anos.
Casamento envolve confiança e companheirismo. Mas nem sempre a união dá certo. Mesmo que tenha aumentado o número de casamentos, a duração média das uniões apresentou baixa. 

Em 2007, os casamentos duravam, em média, 18 anos. Dez anos depois, em 2017, o tempo médio entre o casamento e o divórcio caiu para 15 anos. Entretanto, mesmo com o encurtamento de três anos, os casamentos em média duram mais na Bahia do que no país como um todo e estão entre os mais longevos dentre os estados. 

Segundo o IBGE, no Brasil, em 2007, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de 17 anos. Em 2017, caiu para 14 anos. A redução do tempo médio no estado baiano foi a 4º menor do país e, por isso, a Bahia subiu no ranking de duração média dos casamentos, passando de 13º para 7º lugar entre 2007 e 2017.

Em 2017, os casamentos eram mais longos, em média, no Piauí (18 anos), Rio Grande do Sul (17 anos) e Rio Grande do Norte (16 anos). No outro extremo estavam Rondônia (11 anos), Acre (11 anos) e Mato Grosso do Sul (12 anos). 

Divórcios.
Foram concedidos, em 2017, 20.371 divórcios na Bahia, um aumento de 3,3% em relação a 2016. Foi um crescimento significativamente menor que a média nacional (+8,3%, somando 373.216 em 2017) e o quinto menor entre os 20 estados que viram esse número aumentar entre 2016 e 2017.

Segundo o IBGE, os dados referentes ao ano de 2018 só devem ser divulgados no final deste ano. 

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