quarta-feira, 22 de maio de 2019

ESTÁ NA HORA DE TROCAR DE ANTICONCEPCIONAL? VEJA OS SINAIS MAIS COMUNS...


FONTE: Jacqueline Elise,, https://universa.uol.com.br

    

Escolher o melhor método contraceptivo pode ser complicado, mas algumas mulheres se adaptam bem aos anticoncepcionais hormonais: pílula, injeções ou o DIU Mirena. Entretanto, é possível que apareçam efeitos colaterais com o tempo, apesar de ainda estar protegida contra uma gravidez indesejada.

"A mulher evolui, os níveis hormonais mudam conforme o passar dos anos, e isso pode interferir nos efeitos que a pílula gera no corpo", explica Flávia Fairbanks, ginecologista, obstetra e especialista em sexualidade humana. Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês de São Paulo (SP), afirma que o momento pelo qual a mulher passa também deve ser levado em consideração. "O que pode acontecer é a mulher estar usando um anticoncepcional há muitos anos, mas então a alimentação dela altera, ela engorda ou emagrece demais, passa a sofrer muito estresse ou fica sedentária, aí esse método deixa de funcionar como antes".

À Universa, os especialistas citam alguns sinais para ficar de olho e saber se é preciso trocar o anticoncepcional:

1. Sangramento de escape que não para.
Ter alguns "escapes", quando há um sangramento leve e escuro fora da época da menstruação que dura poucos dias, pode ser normal para quem está se adaptando à pílula ou para quem já está há algum tempo com ela. O que é preciso ficar de olho é se esse sangramento se torna frequente, e se a quantidade de sangue passa a aumentar. "Sangramento de escape atípico e que dura muito, cerca de um a três meses, é sinal de que é melhor retornar com o ginecologista", diz Flávia.

2. Problemas dermatológicos (como espinhas e queda de cabelo).
Os especialistas também citam que aumento da oleosidade da pele, surgimento repentino de espinhas, manchas e queda de cabelo podem ser sintomas para prestar atenção: eles podem ser efeitos colaterais para quem está com o anticoncepcional hormonal ou a pílula pode ser um fator facilitador quando a mulher teve alguma mudança significativa na vida: se parou de fazer atividade física, se está se alimentando mal ou se está sob muito estresse.

3. Náuseas, dor de cabeça frequente e vômito.
Sintomas não tão comuns, mas que precisam ser acompanhados de perto são náuseas, ânsia de vômito e dores de cabeça --esse último, no entanto, precisa tomar cuidado. "No caso da dor de cabeça, se a mulher já usa a pílula há muito tempo e nunca teve isso, pode ser que o anticoncepcional só piore, mas não a cause", diz Pupo.

"Tem que ficar de olho se ela já tinha dores antes, mas essa dor de cabeça começou a sair do padrão anterior: se a dor ficou mais forte e mais frequente, a ponto de passar dias ou semanas", explica Flávia.

4. Outros sintomas que podem ser causados pelo anticoncepcional.
Anticoncepcionais hormonais são conhecidos por alterarem a libido. Mas, se a mulher sentir uma alteração profunda do desejo, que nada tem a ver com as situações pessoais da vida dela, é melhor checar se não tem a ver com a pílula.

Sintomas mais graves, como inchaço, dor e vermelhidão nas pernas precisam urgente de acompanhamento médico, pois podem indicar princípio de trombose.

Como tratar com o ginecologista.
Ambos os especialistas ressaltam a importância de contar todo o histórico médico e pessoal no ginecologista: como era o ciclo menstrual antes de tomar a pílula, como era a rotina da pessoa, o que mudou com o anticoncepcional e como a vida dela está agora --se a pessoa é sedentária ou não, se tem comido direito, se anda muito estressada.

Com essas informações, o ginecologista pode pedir exames para identificar se o problema é a pílula ou não. Eles recomendam que a mulher jamais troque de marca de pílula sem recomendação médica, mas que, se ela se sentir melhor, pode parar de tomá-la até passar em consulta, para ver que efeitos isso terá em seu corpo.

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