FONTE:, https://www.uol.com.br/
Londres,
25 nov (EFE).- Uma nova estrutura artificial de DNA na
forma de uma estrela de cinco pontas é capaz de detectar o vírus da dengue na
corrente sanguínea, de acordo com um trabalho publicado nesta segunda-feira a
revista "Nature Chemistry".
O pedaço de DNA, que
não possui toxicidade e é eliminado naturalmente pelo organismo, é capaz de
pegar o vírus e se ilumina quando entra em ação, o que permite detectar a
presença de dengue.
"Esse método é
mais sensível do que qualquer outra maneira de detectar a dengue. Ele supera os
testes clínicos mais de 100 vezes", disse Xing Wang, autor do estudo, em
comunicado do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos.
"A ligação (entre
o DNA e o vírus) é sólida e a especificidade do mecanismo é alta. Isso nos permite
vislumbrar a presença de dengue desde o primeiro dia de infecção", disse
Wang.
O cientista argumenta
que a mesma técnica pode ser eficaz com outros vírus, já que muitos deles devem
estar ligados a uma parede celular para infectar o hospedeiro.
O método usado
baseia-se no uso de nanotecnologias para dobrar fragmentos de DNA de certas
maneiras, permitindo a criação de "armadilhas" para o vírus.
A equipe de Wang
estudou a estrutura esférica da dengue, semelhante à do vírus zika, para
encontrar um pedaço de DNA capaz de capturá-lo.
Sua análise levou à
criação de uma "estrela de DNA", cujos vértices são projetados para
se ligar ao vírus.
Uma vez capturado, o
fragmento torna-se fosforescente, facilitando sua detecção na corrente
sanguínea.
"Usar
nanoestruturas de DNA como método de diagnóstico é o primeiro passo. O próximo
passo é matar o vírus uma vez capturado", disse Robert Linhardt,
pesquisador do mesmo centro americano.
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