Segundo estudo do
Ministério da Saúde, em 10 anos o Brasil registrou quase 70 mil casos do
problema.
Se a sua profissão pede
que você realize movimentos recorrentes como digitar, operar máquinas, tatuar,
secar e escovar cabelos, dirigir ou jogar é preciso estar atento com a Lesão
por Esforço Repetitivo (LER), já que essa síndrome pode, em algum momento,
fazer parte da sua vida.
Segundo o ortopedista e
especialista em ombro e cotovelo, Layron Alves, a LER é caracterizada por um
conjunto de patologias que vão desde bursite, tendinite, epicondilite,
tenossinovite, síndrome do túnel do carpo, entre outras. “Esses problemas
atingem os músculos, nervos e tendões dos membros superiores, causando uma
tensão no sistema músculo esquelético. O paciente pode apresentar dor nos
membros superiores e nos dedos, formigamento, dormência fadiga muscular e
dificuldade para movimentar a região”, explica o médico.
Segundo estudo
divulgado pelo Ministério da Saúde, de 2007 a 2016, o Brasil registrou 67.599
casos de lesões por esforço repetitivo. O problema afeta em maioria o sexo
feminino (51,7%), trabalhadores entre 40 e 49 anos (33,6%) e pessoas com ensino
médio completo (32,7%). A maior parte dos casos foi registrada na região
Sudeste, com 58,4% das notificações. Somente em 2016, os estados com maiores
incidência do problema foram: Mato Grosso do Sul, São Paulo e Amazonas.
Por se tratar de um
problema que pode ter inúmeras causas, o tratamento vai depender de um
diagnóstico criterioso e adequado feito na maioria das vezes pelo médico
ortopedista. Entretanto, entre as recomendações dos especialistas podem estar o
afastamento temporário das atividades, uso de talas ou órteses ergonômicas para
imobilizar a região, utilização de medicamentos para amenizar os incômodos e
exercícios de fisioterapia.
E como a prevenção é
sempre o melhor remédio, Dr. Layron Alves dá algumas dicas para os
profissionais que não querem sofrer com o problema no futuro, confira:
- Faça uma pausa! O
indicado é que a cada 25 minutos de esforço na região, digitando ou realizando
outra função, por exemplo, seja feita uma parada de cinco minutos com a
realização de alongamentos para aliviar a tensão;
- Regule os
móveis e equipamentos de trabalho de acordo com as suas características
fisiológicas. Passamos quase a maior parte do nosso dia trabalhando, logo as
condições para exercer a profissão devem sempre estar alinhadas com a saúde e
qualidade de vida;
- Se você trabalha
sentado fique atento com a sua postura, pois ela é pode ser um desencadeador do
problema. Por isso, mantenha os ombros relaxados, pés no chão, pulsos retos e
costas apoiadas no encosto da cadeira;
- Respeite os limites
do seu corpo! Nada de realizar força nem pressões exageradas ou constantes em
sua atividade. Em caso de dor constante, evite a automedicação e procure a
opinião de um especialista.
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