terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

DE RESSACA DO CARNAVAL, PAI REGISTRA A FILHA COM NOME ERRADO...


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Depois de passar a noite na farra, o pai esqueceu como devia registrar a filha.

           

Boa parte de nós tem uma história marcante de carnaval, mas dificilmente uma data será tão inesquecível quanto para essa família de Sorocaba, interior de São Paulo.

O ano era 1985, meados de fevereiro. Izabel Ferreira dos Reis Xavier esperava a sua filha, a jornalista Christine Xavier, com Josevaldo dos Reis Xavier, um homem apaixonado pelo Carnaval. 

Mesmo com a esposa já internada, Josevaldo foi convencido pelo cunhado a curtir um baile na noite do domingo de Carnaval. Apesar de parecer estranho, ninguém fez vista grossa, já que ele estaria com um outro membro da família, apenas dona Izabel não concordou muito.

"Eu voltei para casa depois de dois dias, aí eu soube que ele tinha ido para o Carnaval junto com o meu irmão”, relembra ela. "Eu sabia da paixão dele pelo Carnaval, mas eu não achei justo eu estar sofrendo com um monte de dor e ele no carnaval”, reclama. "Mas tudo bem", diz conformada.

Josevaldo se defende e diz que não época chegou alerta o cunhado: "Não tinha cabimento ir para o baile de Carnaval com a esposa naquela situação”. Mas que mesmo assim acabou indo junto com o irmão da esposa e os dois ficaram na folia até às 5 da manhã. Às 11 horas do mesmo dia, Christine nasceu.

Por sorte, Josevaldo não perdeu o nascimento da filha, mas a confusão maior estava por vir. Ainda “de cabeça inchada por conta do baile”, como ele mesmo conta, chegou a hora de ir registrar a recém-nascida. Para evitar problemas, o pai anotou em um papel o nome Christine Aparecida de Lima Xavier.

Chegando no cartório, mesmo com o lembrete, a ressaca da folia fez com que Josevaldo esquecesse a parte do “de Lima”, justamente o sobrenome da mãe, que não ficou mais tão tranquila com a farra do marido com o irmão. "Até hoje eu recebo críticas da dona Izabel por conta desse fato”, brinca o pai.

Mas quem pensa que o homem apaixonado pela folia faria diferente nos dias de hoje, se engana. O senhor Josevaldo diz que apesar de na época haver todo um clima especial envolvido e não saber se hoje teria a mesma coragem, ele admite: “Não posso dizer que não faria”.

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