O hipocondríaco tem um medo infundado de ter uma doença grave e mortal,
com base na interpretação errónea de funções normais do organismo, explica
o hospital CUF no seu site.
Nove sinais de que
sofre de hipocondria.
Procure ajuda se tem estes comportamentos:
1. Pensa frequentemente que tem uma nova doença e que
vai morrer.
2. Preocupa-se excessivamente com a saúde e qualquer
coisa serve para entrar em pânico: um espirro pode ser sinônimo de
contágio por uma bactéria mortífera, uma tosse ligeira é sinal óbvio de
tuberculose, uma dor de cabeça só pode ser um tumor.
3. Faz o autodiagnóstico com a 'ajuda' da Internet e
não "baixa a guarda", ainda que todos os médicos garantam que está
tudo bem.
4. Chega mesmo a sentir os sintomas da doença que
imagina ter e que nenhum exame objetivo comprova.
5. É um cliente assíduo das farmácias e tem o seu
próprio stock de medicamentos em casa.
6. Está sempre a monitorizar o seu corpo e a
queixar-se de problemas que mais ninguém vê.
7. Quando ouve falar de uma doença na televisão (como
dengue, gripe ou Alzheimer), acredita que vai ser a próxima vítima.
8. Quando sente algo, como um ruído estranho ou uma
dor nova, vai logo investigar no Google.
9. Acha que a sua família, os seus amigos e os médicos
não levam as suas preocupações a sério.
Consequências.
Conforme explica a CUF, dos grandes perigos é a automedicação, devido aos
efeitos secundários e às interações entre fármacos. Outro risco sério é a
realização de exames 'a torto e a direito', alguns dos quais são invasivos ou
envolvem radiações. Por fim, para quem se lembra da história de Pedro e o
Lobo, pode acontecer que quando for 'a sério' ninguém acredite.
Diagnóstico e
tratamento.
A hipocondria é mais do que uma mania temporária, sublinha o hospital
CUF, é um distúrbio de ansiedade.
Para ser diagnosticada, tem de causar uma preocupação constante, um
sofrimento intenso e uma deterioração da qualidade de vida durante pelo menos
seis meses. É distinta da depressão, do distúrbio de pânico e da perturbação
obsessivo-compulsiva (POC). O tratamento é possível. Este pode incluir
psicofármacos (antidepressivos, neurolépticos, ansiolíticos) e/ou psicoterapia.
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