De
acordo com a cardiologista Manami Okada, o consumo desse tipo de bebida deve
ser evitado, sob o risco de a pessoa acabar indo a óbito, ainda mais se a
quantidade consumida for elevada.
Para se refrescar do
forte calor no Carnaval de Salvador, os foliões logo recorrem ao “broder”
ambulante para tomar a tradicional cervejinha, beber a sempre importante água
mineral ou destilados do tipo “ice” que são a escolha principalmente das
mulheres. Porém, há quem sempre busque algo mais forte, para ficar mais
“ligado” durante a folia, a exemplo de drinques como capeta e príncipe maluco,
que, mesmo proibidos, são vendidos durante a festa. Aí é que pode morar o
perigo.
De acordo com a
cardiologista Manami Okada, o consumo desse tipo de bebida deve ser evitado,
sob o risco de a pessoa acabar indo a óbito, ainda mais se a quantidade
consumida for elevada. “O OMS [Organização Mundial de Saúde] diz que o uso
seguro do álcool é de até 30 gramas, que equivalem a duas latinhas de cerveja e
uma dose de uísque. Só que, dentro disso, tem essas bebidas as quais a gente deveria
ter acesso ao teor, mas não temos conhecimento disso, já que elas são feitas de
forma artesanal”, alertou a especialista.
Okada afirma que os
riscos são grandes também pela forma de manuseio dos ingredientes que são
postos nesse tipo de bebida. “Muitas vezes elas são feitas em fundo de quintal,
sem a higienização correta e podem ter em sua composição substâncias que, em
conjunto com o álcool, serem irritantes para o coração. O álcool, por si só,
naturalmente altera o ritmo cardíaco. Mas, junto com outras substâncias, ele
pode exacerbar esse efeito potencial de arritmia”, destacou a cardiologista.
A reportagem da TB procurou
a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop)
para saber como seria a fiscalização desse tipo de produto durante o Carnaval
deste ano, quanto foi apreendido nos festejos de 2019 e o que pode acontecer
com aquela pessoa que tiver o material apreendido, mas não obtivemos resposta
até o fechamento desta edição.
HIDRATAÇÃO.
Para a especialista,
além de evitar o consumo dessas bebidas artesanais, a ingestão de líquidos,
como cerveja, deve ser feito com moderação, observando a hidratação bebendo
bastante água. “Como o álcool é um fator de desidratação, o ideal é que ela
evite essa questão no dia seguinte. Durante o Carnaval, importante é que o
consumo seja moderado”, recomenda Manami Okada. Com relação à alimentação para
o período, ela orienta que sejam ingeridos alimentos que ricos em água, a
exemplo de frutas.
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