O
tratamento depende da causa e cada caso é tratado de maneira individual.
“Minha filha tem atraso
puberal e gostaria de entender melhor as causas desse problema...” M. C., por
e-mail.
A puberdade atrasada
pode acontecer em meninos e meninas e os pais precisam estar atentos em relação
à ausência dos sinais dessa fase.
Em ambos os sexos, quando ocorre um atraso superior há quatro anos entre o
início da puberdade e a sua conclusão também chamamos de atraso puberal.
Há o atraso
constitucional do crescimento e da puberdade, que é uma variação normal do
desenvolvimento sexual. Mas, situações patológicas podem estar por trás desse
atraso. Uma das causas do problema se deve ao aumento da sobrevivência dos
portadores de doenças crônicas que afetam o eixo reprodutivo.
Doenças crônicas como
desnutrição grave, câncer, hipotireoidismo, diabetes melito, dentre outras
podem levar ao atraso puberal. Outras causas são síndromes genéticas como
síndrome de Prader-Willi, Síndrome de Turner e Noonan, lesões do sistema
nervoso central (tumores, infecções, traumatismos cranianos, radiação
craniana), uso de medicamentos (corticoides e esteróides anabólicos), atividade
física em excesso, causas genéticas (mutações em determinados genes), lesões
nos testículos ou nos ovários, etc.
O tratamento dependerá
da causa e cada caso é tratado de maneira individual. A reposição hormonal tem
por objetivo induzir e manter as características sexuais secundárias, prevenir
problemas emocionais nas crianças e estimular adequada mineralização
óssea.
A preservação da
fertilidade deve ser parte do tratamento cuja terapia traz alto risco de
infertilidade, como doses elevadas de quimioterapia. A puberdade atrasada pode
ainda acarretar distúrbios psicológicos, dificuldade de socialização, redução
da densidade mineral óssea, limitação ou impedimento da fertilidade.
*** FERNANDA
ANDRÉ (@drafernandaandre) é endocrinologista pediátrica.
Mestre em endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Título de
Especialista em Endocrinologia Pediátrica pela Associação Médica Brasileira e
Endocrinologia Pediátrica pela UFRJ.
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