Aeronave com 176
pessoas foi derrubada em Teerã, em janeiro.
Um "erro
humano" na regulação de um radar militar foi o "elemento chave"
para o abatimento de um avião da Ukraine International Airlines (UIA) em Teerã,
capital do Irã, na madrugada de 8 de janeiro de 2020, com 176 pessoas a bordo.
É o que aponta um
relatório divulgado na noite de sábado (11) pelo órgão de aviação civil do
governo iraniano, que inicialmente negara culpa na queda da aeronave. O
inquérito concluiu que o Boeing 737-800 foi abatido por dois mísseis do sistema
antiaéreo do Irã, lançados com 30 segundos de diferença entre eles.
O avião voava de Teerã
a Kiev, na Ucrânia, com 176 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.
Todas elas morreram. 147 ocupantes da aeronave eram iranianos, incluindo
aqueles com dupla cidadania.
Segundo o relatório, um
"erro humano" cometido pelo operador de um dos sistemas de defesa
provocou um equívoco de 107 graus na direção geográfica do radar. "Após o
alinhamento errado, o sistema não pôde identificar com precisão a trajetória do
avião ucraniano", diz o inquérito.
Naquela madrugada, o
Irã havia disparado mísseis balísticos contra duas bases militares dos Estados
Unidos no Iraque, em retaliação pelo bombardeio americano que matou o general
Qassem Soleimani, em Bagdá, na semana anterior.
Por conta disso, a
defesa antiaérea iraniana estava em alerta máximo para eventuais respostas dos
EUA. O abatimento por engano provocou protestos populares no Irã, revertendo
contra o regime a onda de comoção que havia dominado o país após a morte de
Soleimani.
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