Enfermeira
obstetra consultora em amamentação dá dicas para que as mães não sofram com
inflamação que geralmente causa dor e desconforto nos seios.
Mas, amamentar não é
uma tarefa simples para as “marinheiras de primeira viagem” o que gera muitas
dúvidas, angústias e ansiedade.
Além disso, nesta fase algumas mulheres estão mais suscetíveis a desenvolver
inflamações como a mastite.
Esse processo
inflamatório geralmente ocorre em apenas uma das mamas e uma de suas causas é a
pega incorreta do bebê. “Quando ele não abocanha a aréola corretamente, não há
um completo esvaziamento da mama, favorecendo a inflamação“,
explica Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra da Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp).
A mastite pode ocorrer
nos primeiros dias da amamentação, coincidindo com a descida do leite, mas não
é exclusiva deste período. Tanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS)
divulga que de 74% a 95% dos casos de mastite ocorrem nas primeiras 12 semanas
pós-parto. “Há casos em que o problema aparece em outros momentos, como a
introdução alimentar, o aumento do intervalo entre as mamadas, o desmame
abrupto, o uso de bicos artificiais ou de sutiãs inadequados, entre outros”,
exemplifica Cinthia.
A boa notícia é que dá
para prevenir ao garantir a boa pega, a livre demanda e o esvaziamento completo
da mama, além de tratar as fissuras do mamilo. “A enfermeira obstetra pode
ensinar a mãe a fazer o autoexame das
mamas para identificar problemas como ingurgitamento ou adustos bloqueados para
que ela saiba quando procurar ajuda.”
Outro fator importante
é o apoio que a mulher recebe para insistir no aleitamento materno. “Diversos
estudos mostram que as lactantes que não recebem suporte, carinho e apoio nesta
fase acabam desistindo da amamentação, prejudicando a si e ao bebê”, diz
Cinthia.
Dentre os principais
sintomas do problema estão: vermelhidão, calor local, inchaço, dor,
sensibilidade, febre alta, mal estar, dor muscular, calafrio etc. Quando a
mastite é infecciosa e há saída de pus, a amamentação deve ser suspensa e deve
ser feita a ordenha da mama até sua completa melhora. Também é preciso fazer
uso de antibiótico prescrito pelo médico, sutiã 24 horas e esvaziar a mama.
*** Por: Michelly
Souza.
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