FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1 a 8 de
agosto, reforça importância da amamentação e coloca em discussão as dúvidas e
angústias das mães.
O ato
de amamentar é muito importante não só para o bebê, que necessita do leite
materno nos primeiros meses de vida, mas também para fortalecer os laços entre
mãe e filho em um momento fundamental da vida da criança.
Embora
o ato de amamentar seja algo natural e espontâneo, muitas mulheres
enfrentam dificuldades e têm dúvidas sobre como desempenhar a tarefa.
À
medida que surgem os questionamentos, criam-se os mitos e suposições, muitas
delas equivocadas e o pior: repassadas de geração para geração.
Para o
médico Achilles Cruz, especialista em ginecologia e obstetrícia pelo
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a teoria de que
amamentar é dolorido não é nem mito, nem verdade, tudo depende de um
conjunto de fatores como a sensibilidade da mãe, se o bebê está sugando o peito
da forma correta, e mesmo do estado emocional da mulher, entre outros fatores.
O
especialista também aponta que o tamanho do seio não tem influência
no desempenho positivo da amamentação. O volume de leite que a criança vai
receber depende das próprias necessidades e se a mama está sendo
estimulada adequadamente. Quanto mais a criança sugar, mais leite será
produzido.
Existem mulheres
que acreditam que no período de amamentação elas não ovulam, mas o
especialista argumenta que algumas delas podem voltar a ovular mesmo neste
período, quando o ciclo menstrual está bloqueado devido à supressão dos
hormônios.
Inclusive, uma
pílula anticoncepcional foi desenvolvida especialmente para as mamães que estão
amamentando. Conhecidas como minipílulas, elas são compostas de hormônios que
inibem a ovulação e podem ser tomadas a partir da sexta semana após o
parto.
Como
são livres de estrogênio - hormônio presente nas pílulas tradicionais -, elas
não inibem a produção de leite materno nem interferem na qualidade e no volume
do leite.
Outro
benefício é que o princípio ativo do medicamento não passa para o leite,
preservando o gosto e a qualidade do alimento.
Não
existe um intervalo estabelecido entre uma gravidez e outra, porém, é
aconselhável que a mulher não engravide enquanto estiver amamentando, porque a
sobrecarga da amamentação somada a uma nova gestação pode comprometer a saúde
da mãe, caso ela não tenha uma condição nutricional adequada, alerta o
especialista.
A
alimentação da mãe exerce grande influência no leite que ela produz. Tudo o que
ela come é passado para o leite materno. Por isso, é importante que a mulher
faça uma dieta saudável e beba bastante líquido nesse período.
O
consumo de bebidas alcoólicas ou cigarros é contraindicado e medicamentos, por
exemplo, só devem ser tomados com orientação médica.
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