FONTE: Matheus Fortes, TRIBUNA DA BAHIA.
Motivo comum da queixa de banhistas, o preço da
castanha nem sempre cabe no bolso daquele consumidor, porém, é possível
entender o porquê.
Aproveitar
o dia ensolarado com a areia e vista pro mar no feriado, e comendo algum
petisco é um prazer pouco negado pelos baianos. Este último, no entanto, às
vezes parece mais salgado do que é, mas não pelo sabor e sim pelo valor.
Motivo
comum da queixa de banhistas, o preço da castanha nem sempre cabe no bolso
daquele consumidor, porém, é possível entender o porquê.
Quem
vai à praia do Porto do Barra durante fins de semana, por exemplo, pode
encontrá-los facilmente, mas, segundo Gerson Braga, morador da Barra que não
dispensa uma manhã na praia do seu bairro, nunca comprou.
“Acho
caro para o que eles oferecem. Há outros produtos mais em conta que são
vendidos aqui”, destacou ele, que dá preferência ao amendoim torrado.
Nas
feiras populares da capital, também é possível encontrar o produto. Nas Sete
Portas, por exemplo, o consumidor pode adquirir o saco com 1 kg da castanha por
valores que variam de R$ 50 a R$ 55.
De
acordo com os feirantes locais, o saco equivale a sete copinhos de dose que são
comercializados nas praias. Com o preço do saco a R$ 55, isso daria R$ 7,85 por
cada copo de castanha. Já em supermercados, o quilo pode chegar a exorbitantes
R$ 115.
Comercializando
o fruto nas praias da capital há 12 anos, o vendedor ambulante Gilberto Malta,
defende o valor do seu produto. Ele utiliza um copo aperitivo americano de 45
ml para servir o produto. Um copo sai por R$ 4, mas ele faz três copos por R$
10, e, caso o cliente optar, ele também pode oferecer sete copos por R$ 20.
Malta afirma que está trabalhando com esse valor há, pelo menos, dois anos.
“Trabalho
com um produto diferenciado. A castanha que vendo, tem o valor de R$ 80 o
quilo. Mas, comigo, o cliente pode provar, e pode optar por pegar mais para
reduzir o valor”, explica Malta. O vendedor também explica que, agregado ao
valor do seu produto está o custo com transporte e protetor solar que ele usa e
poder passar horas de baixo do sol vendendo.
“As
pessoas nem sempre vêem essa necessidade e acabam encarando o produto por si
só. Por isso é diferente de comprar a castanha na praia e na feira”,
argumentou. Embora haja reclamações de preço, Malta explica que consegue viver
do comércio de castanha na praia.
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