terça-feira, 2 de maio de 2017

CONSUMIDORES RECLAMAM DO PREÇO DA CASTANHA NAS PRAIAS...

FONTE: Matheus Fortes, TRIBUNA DA BAHIA.


Motivo comum da queixa de banhistas, o preço da castanha nem sempre cabe no bolso daquele consumidor, porém, é possível entender o porquê.

Aproveitar o dia ensolarado com a areia e vista pro mar no feriado, e comendo algum petisco é um prazer pouco negado pelos baianos. Este último, no entanto, às vezes parece mais salgado do que é, mas não pelo sabor e sim pelo valor.
Motivo comum da queixa de banhistas, o preço da castanha nem sempre cabe no bolso daquele consumidor, porém, é possível entender o porquê. 
Quem vai à praia do Porto do Barra durante fins de semana, por exemplo, pode encontrá-los facilmente, mas, segundo Gerson Braga, morador da Barra que não dispensa uma manhã na praia do seu bairro, nunca comprou.
“Acho caro para o que eles oferecem. Há outros produtos mais em conta que são vendidos aqui”, destacou ele, que dá preferência ao amendoim torrado. 
Nas feiras populares da capital, também é possível encontrar o produto. Nas Sete Portas, por exemplo, o consumidor pode adquirir o saco com 1 kg da castanha por valores que variam de R$ 50 a R$ 55.
De acordo com os feirantes locais, o saco equivale a sete copinhos de dose que são comercializados nas praias. Com o preço do saco a R$ 55, isso daria R$ 7,85 por cada copo de castanha. Já em supermercados, o quilo pode chegar a exorbitantes R$ 115.  
Comercializando o fruto nas praias da capital há 12 anos, o vendedor ambulante Gilberto Malta, defende o valor do seu produto. Ele utiliza um copo aperitivo americano de 45 ml para servir o produto. Um copo sai por R$ 4, mas ele faz três copos por R$ 10, e, caso o cliente optar, ele também pode oferecer sete copos por R$ 20. Malta afirma que está trabalhando com esse valor há, pelo menos, dois anos. 
“Trabalho com um produto diferenciado. A castanha que vendo, tem o valor de R$ 80 o quilo. Mas, comigo, o cliente pode provar, e pode optar por pegar mais para reduzir o valor”, explica Malta. O vendedor também explica que, agregado ao valor do seu produto está o custo com transporte e protetor solar que ele usa e poder passar horas de baixo do sol vendendo. 

“As pessoas nem sempre vêem essa necessidade e acabam encarando o produto por si só. Por isso é diferente de comprar a castanha na praia e na feira”, argumentou. Embora haja reclamações de preço, Malta explica que consegue viver do comércio de castanha na praia. 

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