quinta-feira, 25 de maio de 2017

DE MAU HÁLITO À IRRITAÇÃO, COMO LIDAR COM 8 DESCONFORTOS DA DIETA...

FONTE: Gabriela Guimarães e Rita Trevisan, Colaboração para o UOL,  (http://estilo.uol.com.br).


Mau hálito, sensação de cansaço e muita irritação. Esses e outros incômodos são comuns -- e até esperados -- nas primeiras semanas de dieta. Felizmente, há estratégias para amenizá-los, até que o corpo se adapte à nova rotina alimentar.

Fontes consultadas: Sara Bragança, médica especializada em terapia ortomolecular e emagrecimento. Natasha Barros, nutricionista, membro do IFBB – International Federation of Body Building e da IBNF – Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional.

Falta de energia.
O sintoma é muito comum nos primeiros dias de uma dieta que reduz drasticamente o consumo de carboidratos. A estratégia é eficiente para a perda de peso, mas nem todas as pessoas conseguem se adaptar. Para amenizar o sintoma, vale inserir apenas carboidratos complexos na alimentação, como batata-doce, aipim e arroz integral -- ainda que em quantidade menor, para não prejudicar o objetivo final da dieta. Mas, se mesmo assim o incômodo não sumir entre a primeira e a segunda semana, o ideal é buscar a orientação do nutricionista, para evitar prejuízos à saúde.

Mau hálito.
Quando o corpo começa a usar as gorduras como a principal fonte de energia, na ausência de carboidratos, o mau hálito aparece. Também é por conta dessa mudança que o suor e o xixi ficam com cheiro mais forte. Para lidar com esse desconforto, a dica é beber bastante água. A ideia é que boa parte da cetose acumulada -- o agente causador dos maus odores -- seja eliminada pela urina. Outra orientação é fazer as refeições de três em três horas, religiosamente, o que ajuda a amenizar o mau hálito.

Irritação.
Como a comida é muito associada ao prazer, é normal que, principalmente nos primeiros dias da dieta, o humor fique instável. Além disso, alguns alimentos altamente calóricos -- como o chocolate, cortado da maioria dos cardápios durante o regime -- que promovem a liberação de substâncias ligadas à sensação de bem-estar e relaxamento. Para persistir na dieta e não ser vítima da irritação, pegar firme nos exercícios é uma alternativa. Depois da atividade, o corpo costuma experimentar sensação parecida com a que vem após o consumo de chocolate.

Intestino preso.
Pode ser um reflexo do aumento de proteínas na dieta, quando a intenção é perder gordura e fazer crescer os músculos - as proteínas são alimentos de digestão mais lenta. Como se não bastasse, a redução de gorduras e carboidratos das refeições também diminui o volume do bolo fecal, dificultando o esvaziamento do intestino. Para minimizar esse efeito, é preciso aumentar o consumo de fibras -- presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais -- e de água. Alimentos probióticos, como iogurtes, também melhoram o funcionamento do intestino.

Muita vontade de fazer xixi.
Dietas desintoxicantes combatem a retenção de líquido e vão estimular a eliminação de toxinas por meio da urina. O sintoma também é decorrente de uma dieta com baixo consumo de carboidratos. O que acontece é que a glicose armazenada no fígado e nos músculos começa a ser queimada e, na quebra dessas moléculas, que contêm água, todo o líquido é automaticamente eliminado. A vontade de fazer xixi deve ser encarada como um sinal de alerta se estiver atrapalhando a rotina --a ponto de você não conseguir realizar todas as tarefas por conta das constantes idas ao banheiro. Nesse caso, será preciso avaliar se o regime escolhido não está sobrecarregando os rins. O que os especialistas afirmam é que, em geral, quanto mais clarinha a urina, menos motivos há para se preocupar com ela.

Aumento dos gases.
Ao comer mais proteínas --carnes, ovos e whey protein-- os gases, naturalmente, aumentam. Se necessário, a recomendação é consumir alimentos probióticos, que equilibram o funcionamento intestinal. Outras mudanças de hábito dão uma forcinha aos intestinos: mastigar bem os alimentos, aumentar o tempo de cozimento deles e reduzir as porções em cada refeição. Se, mesmo depois de adotadas todas essas medidas, a flatulência continuar a incomodar, será preciso investigar: o sintoma pode indicar um desequilíbrio conhecido como disbiose, que causa também a deficiência na absorção de vitaminas.

Dores de cabeça.
Podem estar ligadas ao baixo consumo de carboidratos, que fornecem energia, o combustível que o corpo está acostumado a usar para suas atividades vitais, incluindo as cognitivas. Por isso, nas primeiras duas semanas da dieta, pode-se notar lentidão mental, dificuldade de concentração e até dores de cabeça. Ao fazer muito xixi, perde-se minerais como o potássio e o magnésio, um fator também associado ao incômodo. Consumir alimentos ricos nesses dois minerais é a recomendação dos nutricionistas: derivados do leite, folhas verde-escuras e banana são alguns exemplos.

Compulsão por doces.

Também é uma consequência esperada da mudança que a dieta promove no organismo, quando o corpo começa a usar a gordura como fonte de energia, em vez do carboidrato. O normal é que o desconforto suma -- ou se torne muito mais fácil de lidar -- com a adaptação, que pode levar de uma a duas semanas. O consumo de alimentos ricos em fibras e gorduras boas, nesse período, costuma ser estratégia eficiente para sobreviver à compulsão e conseguir dar continuidade à dieta. Alimentos como abacate, castanhas, coco e azeite, por exemplo, podem ser adicionados ao cardápio, em quantidades prescritas pelo nutricionista. 

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