FONTE: *** Jairo Bouer, (http://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Você já ouviu falar na oxitocina, o
“hormônio do amor”? Essa substância, liberada pelo cérebro durante o orgasmo e
também durante a amamentação, é associada ao vínculo afetivo entre duas
pessoas. Agora, um grupo de pesquisadores sugere que ela também pode ser
chamada de “hormônio da crise”.
Uma equipe de psicólogos das
universidades de Ciência e Tecnologia da Noruega e do Novo México, nos Estados
Unidos, descobriu que, toda vez que uma pessoa percebe que seu parceiro está
demonstrando menos interesse no relacionamento do que ela, seus níveis de
oxitocina aumentam na tentativa de reforçar os laços.
Os pesquisadores avaliaram 75 casais
norte-americanos e 148 indivíduos noruegueses em relacionamento estável.
Durante os experimentos, os participantes foram estimulados a pensar sobre o
parceiro e escrever como era a relação e o quanto gostariam que o outro
estivesse envolvido nela. Os níveis de oxitocina foram medidos antes e depois
da tarefa.
Em ambos os grupos, os níveis de
hormônio foram altos quando os participantes tinham um vínculo forte, como
esperado. Mas, ao analisar as duas partes do casal, os pesquisadores perceberam
que a quantidade de oxcitocina era mais alta na pessoa que acreditava se doar
mais para o relacionamento do que o parceiro. Mas eles também viram que parece
haver um limite nessa estratégia, pois, quando o participante que investia mais
na relação achava que já não tinha mais jeito, os níveis do hormônio também
eram mais baixos.
Os resultados foram semelhantes nos
Estados Unidos e na Noruega, o que mostra que a questão transcende a cultura.
Para os autores, é possível que o hormônio tenha a função de incentivar as
pessoas a cuidar mais da relação quando percebem que o parceiro está menos
interessado que eles. Mas ainda são necessários mais estudos para confirmar
esse novo papel da oxitocina.
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