O risco de um ataque cardíaco aumenta
sensivelmente nos dias após uma gripe, bronquite ou pneumonia, revela um estudo
australiano publicado na segunda-feira (15) pelo americano "Internal
Medicine Journal".
"Nossos resultados confirmam o
que sugeriam estudos precedentes: que uma infeção respiratória pode desencadear
um ataque cardíaco", explica o professor Geoffrey Tofler, principal autor
do estudo e cardiologista da Universidade de Sydney e do Royal North Shore
Hospital.
"Os dados mostram que este risco
não aumenta necessariamente logo após o surgimento dos sintomas da infecção,
mas sim nos primeiros sete dias, e se mantém elevado durante um mês, apesar de
uma redução paulatina".
A pesquisa analisou 578 pacientes que
sofreram um infarto como consequência do bloqueio de uma artéria coronária.
Os autores determinaram que 17%
apresentaram sintomas de infecção respiratória durante os sete dias prévios à
crise cardíaca e 21%, durante os 31 dias prévios.
"A frequência dos ataques
cardíacos é mais alta no inverno", destacou o doutor Thomas Buckley,
professor da Escola de Enfermagem da Universidade de Sydney, outro autor do
estudo.
Segundo os pesquisadores, as
infecções respiratórias tendem a aumentar a formação de coágulos no sangue,
assim como a inflamação e as toxinas que danificam os vasos sanguíneos, o que
explicaria o forte aumento do risco cardiovascular.
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