FONTE: Gabriela Amorim e Marina Oliveira, Colaboração para o UOL (http://estilo.uol.com.br).
O ponteiro da balança até desce, mas perder a
barriguinha que é bom, nada. Se você também passa por esse drama, saiba que de
fato as células de gordura dessa parte do corpo têm um metabolismo próprio e
dependem de outros fatores - além da dieta e exercícios - para serem queimadas.
Mas nós fomos descobrir com os especialistas no assunto o que atrapalha tanto a
meta da barriga retinha. Veja o que eles levantaram sobre as principais razões
(e erros!) que favorecem a tão indesejada pochete.
Fontes consultadas: Andréia
Batista e Giane Fátima da Silva, educadoras físicas especializadas em
treinamento funcional; Alan Tiago Scaglione, nutricionista especializado em
Suplementação Nutricional aplicada ao Exercício pela USP (Universidade de São
Paulo) e Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São
Paulo.
A
idade pesa.
Não tem muito como escapar, a partir
dos 25 anos, o metabolismo começa a desacelerar: você precisa se esforçar mais
para ganhar massa muscular e queimar gordura. Essa redução no ritmo do
organismo é contínua e piora ainda mais com a chegada da menopausa nas mulheres
ou da andropausa nos homens, que é quando os hormônios ficam desregulados. Para
combater os efeitos do tempo, é preciso manter hábitos saudáveis durante toda a
vida e não só quando quer emagrecer -, o que significa praticar atividade
física regularmente e fazer refeições balanceadas.
As
mulheres sofrem mais.
As mulheres não conseguem definir o
abdômen na mesma velocidade, e nem usando as mesmas técnicas, que os homens.
Isso porque elas têm mais facilidade para ganhar gordura e mais dificuldade
para perdê-la, em comparação com eles. A causa é hormonal: homens produzem mais
testosterona do que as mulheres e, por isso, têm mais massa muscular, o que
aumenta a queima de gordura -já que o músculo consome energia, mesmo em
repouso. As mulheres também produzem progesterona, que é o hormônio responsável
pelos contornos femininos e que manda a gordura para áreas como quadris e
seios. Por isso, é importante que a dieta e o treinamento sejam sempre
personalizados.
Estresse
nas alturas.
Em momentos de estresse, o corpo
libera o hormônio cortisol, que deixa o organismo em estado de alerta. Nessas
situações, ocorre uma diminuição da queima calórica com o objetivo de poupar
energia - é o corpo se preparando para enfrentar um possível perigo. Quando o
estresse se torna constante, o cortisol em excesso no corpo passa a mover o
açúcar concentrado no fígado para a corrente sanguínea. Quando esse açúcar não
é queimado, acaba indo parar na barriguinha em forma de gordura.
Não
dormir o suficiente.
A necessidade de horas de sono
diárias varia de uma pessoa para outra. Mas quando você não tem um sono
restaurador, fica mais difícil diminuir as medidas da barriga. Durante o sono
são produzidos hormônios que favorecem à saciedade, evitando os ataques de gula.
Um estudo divulgado em 2013, conduzido pelo Laboratório de Sono e Cronobiologia
da Universidade de Colorado Boulder, nos Estados Unidos, mostrou que
voluntários que dormiram cinco horas por noite durante uma semana ganharam 900g
no período. Isso porque eles beliscavam mais alimentos entre as refeições,
especialmente à noite.
Consumir
muito produto industrializado.
Se a sua lista de supermercado inclui
itens como lasanha congelada, embutidos, biscoitos recheados e salgadinhos, é
preciso rever os seus hábitos alimentares. Muitos desses itens contêm gorduras
trans que, por não serem reconhecidas pelo organismo, não são metabolizadas.
Isso provoca o acúmulo de gordura na região abdominal, além de aumentar os
níveis de colesterol ruim. Já o sódio presente em todos esses produtos inflama
as células do corpo e favorece o inchaço. É quando aparece a barriguinha
saliente.
Fazer
exercícios sempre na mesma intensidade.
Ficar sempre na mesma toada na
academia também empaca a queima da gordura da barriga. O treinamento
intervalado de alta intensidade, conhecido como HIIT, é defendido pelos
profissionais como o mais eficiente para perder os pneuzinhos. Ele consiste em
fazer pequenos treinos seguidos, de 5 a 8 minutos, intercalando momentos
intensos (quando você não consegue falar, de tão ofegante) com instantes de
descanso. Segundo os especialistas, a estratégia ajuda a manter o metabolismo
acelerado e gastando energia mesmo horas depois da atividade física.
Fugir
do abdominal.
Ainda que apenas o fortalecimento do
abdômen não deixe a barriga chapada, ele é importante para aumentar o gasto de
energia na região. Isso vai evitar o acúmulo de mais células de gordura, que
tendem a aparecer nas áreas do corpo que são menos trabalhadas. Abdominais
também melhoram a aparência da barriguinha, já que a falta de força dessa
musculatura projeta a barriga para a frente. O ideal é unir treinos de força
com exercícios aeróbicos (HIIT, caminhada, corrida, pedalada e aula de step,
por exemplo).
Comer
carboidratos do jeito errado.
O valor do índice glicêmico de um
alimento diz em quanto tempo ele é digerido pelo corpo e quão rápido o açúcar
chega à corrente sanguínea. Quanto mais alto o IG, mais veloz é o processo
todo. O problema desse mecanismo é que um jato de açúcar no sangue leva aos
picos glicêmicos, que contribuem para o aumento da gordura visceral e alargam a
cintura. Em geral, alimentos ricos em carboidratos, como pães, biscoitos e até
frutas, são os que têm IG mais alto.
O segredo, então, é não comer o carboidrato isolado, mas acompanhado de uma gordura boa (azeite e castanha-do-pará, por exemplo), de uma proteína magra (como carne, frango ou queijo branco) ou de fibras. Assim, o corpo demora mais para digerir a refeição e o processo de mandar glicose para o sangue fica mais lento. Na prática, em vez de comer um prato de macarrão com molho vermelho apenas, acrescente um pedaço de carne, um fio de azeite e salada crua à refeição. No lanche, consuma uma fruta acompanhada de castanhas, por exemplo.
O segredo, então, é não comer o carboidrato isolado, mas acompanhado de uma gordura boa (azeite e castanha-do-pará, por exemplo), de uma proteína magra (como carne, frango ou queijo branco) ou de fibras. Assim, o corpo demora mais para digerir a refeição e o processo de mandar glicose para o sangue fica mais lento. Na prática, em vez de comer um prato de macarrão com molho vermelho apenas, acrescente um pedaço de carne, um fio de azeite e salada crua à refeição. No lanche, consuma uma fruta acompanhada de castanhas, por exemplo.
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