FONTE:, (http://noticias.uol.com.br).
Cientistas
desenvolveram uma câmera capaz de registrar imagens através do corpo humano. A
câmera poderá ajudar os médicos a rastrear, do lado de fora do corpo,
equipamentos que são inseridos no corpo durante os exames, como endoscópios.
Até agora, médicos
usavam sacanners e equipamentos de raio-x, normalmente com custo bastante
elevado, para avaliar o progresso dos exames.
A nova câmera detecta
fontes de luz dentro do corpo, como, por exemplo, a ponta iluminada do
endoscópio.
O professor Kev
Dhaliwal, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, acredita que o uso do novo
equipamento não vai se limitar a identificar endoscópios.
"Tem um imenso
potencial para diversas aplicações. A habilidade para identificar a localização
de um equipamento dentro do corpo é crucial em tratamentos médicos, uma vez que
avançamos para abordagens cada vez menos invasivas".
Tecidos
e órgãos.
Testes recentes já
mostraram que o protótipo da câmera pode, em condições normais, identificar
pontos de luz 20 centímetros distantes do tecido externo.
Os feixes de luz do
endoscópio também podem passar pelo corpo, mas ao invés de seguirem por um
caminho reto, geralmente espalham-se ou esbarram nos tecidos e nos órgãos. Isso
dificulta obter uma imagem clara mostrando onde a ferramenta está.
A nova câmera, por
sua vez, é capaz de identificar partículas individuais, os fótons, e é sensível
o suficiente para capturar minúsculos rastros de luz que atravessam os tecidos
internos.
O equipamento também
registra o tempo que leva para feixes de luz atravessarem o corpo. Isso
significa que a câmera é capaz de saber exatamente onde o endoscópio está.
Além disso, a forma
com que os pesquisadores desenvolveram a câmara permite que ela seja usada ao
lado da cama dos pacientes.
O projeto, encabeçado
pela Universidade de Edimburgo e pela Universidade Heriot-Watt, também na
Escócia, é parte de uma pesquisa colaborativa interdisciplinar que está
desenvolvendo tecnologia para diagnosticar e tratar doenças pulmonares.
"O que mais
gosto neste trabalho é a possibilidade de trabalhar com médicos e enfermeiros
para entender os desafios práticos dos tratamentos e, então, moldar tecnologias
avançadas e teorias que normalmente não iriam sair de um laboratório de física
para resolver problemas reais", disse Michael Tanner, da Universidade
Heriot-Watt.
"Espero que
possamos continuar essa abordagem interdisciplinar para fazer uma diferença
real em relação às tecnologias para tratamento de saúde", afirmou Tanner.
Nenhum comentário:
Postar um comentário