FONTE:, (http://noticias.uol.com.br).
Cientistas americanos
alertam que passar muito tempo sentado pode aumentar o risco de morte mesmo
para pessoas que não são sedentárias.
De acordo com um
estudo publicado no início da semana pela revista especializada Annals of
Internal Medicine, e que estudou quase 8 mil adultos, pessoas que passam muito
tempo sentadas precisam se movimentar a cada 30 minutos para ajudar a evitar
uma morte prematura.
"As autoridades
médicas falam para as pessoas se exercitarem e não passarem muito tempo sentadas,
mas não dizem como. Sugerimos recomendações específicas como cinco minutos de
caminhada rápida para cada 30 minutos consecutivos que se passa sentado",
explica Keith Diaz, da Faculdade de Medicina da Universidade Columbia, em Nova
York, principal autor do estudo.
Diaz comandou uma
equipe de profissionais de várias instituições acadêmicas americanas. Eles
analisaram dados sobre diferenças geográficas e raciais na ocorrência de
derrames nos Estados Unidos, em especial uma amostragem criada para tentar
explicar porque negros tendem a sofrer mais episódios que brancos - um programa
conhecido como Regards, levado a cabo pelo Instituto Nacional de Saúde do país.
Durante quatro anos,
os cientistas acompanharam 7.985 indivíduos brancos e negros, com idade a
partir de 45 anos, que se voluntariaram para o Regards.
Para medir o tempo de
sedentarismo desses adultos, foram usados aparelhos para medir a aceleração dos
indivíduos. Analisando os dados, os cientistas descobriram que, em média, o
comportamento sedentário correspondia a 12,3 horas de 16 "acordadas".
Estudos anteriores
tinham registrado uma média de 9 a 10 horas, mas Diaz vê na diferença uma
consequência do envelhecimento.
"À medida que
envelhecemos, nossas funções físicas e mentais diminuem de ritmo, o que nos faz
ficar mais sedentários. Estudamos uma população começando na meia-idade. E
também pode ser que, ao contrário de outros estudos, monitoramos ativamente o
tempo de sedentarismo em vez de confiar em autoavaliações", especula Diaz.
Os pesquisadores
constataram que o risco de morte cresceu proporcionalmente ao tempo os
participantes passavam sentados. E significativamente: segundo o pesquisador,
aqueles que se sentavam mais de 13 horas por dia, por exemplo, tinham duas
vezes mais chance de morrer que os que passavam menos de 11 horas na posição.
Também foi constatado
que a duração de cada período sentado faz diferença: pessoas que passaram
períodos de menos de meia hora sentadas apresentaram risco 55% menor de morte
do que pessoas que superavam essa marca.
Os pesquisadores
ressaltam que o estudo não teve como objetivo explicar como o comportamento
sedentário afeta a saúde, mas sim analisar diferenças entre tempo total de
sedentarismo e períodos ininterruptos de sedentarismo.
"Médicos e
pesquisadores estão cada vez mais convencidos de que ficar sentado por muito
tempo é o novo tabagismo", diz Monika Safford, da Universidade de Cornell,
e coautora do estudo.
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