A
questão do fim do horário de verão - adotado pela primeira vez no Brasil em
1931 - pode ser decidida nas redes sociais. Já que os estudos mais recentes não
identificaram uma real economia de energia nos horários diferenciados, o
Ministério de Minas e Energia (MME) resolveu remeter a decisão ao presidente
Michel Temer, uma vez que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou
apreciar a questão previamente. Segundo o Jornal do Comércio, o governo estuda
promover uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto.
Caso
a decisão seja pela continuidade do horário de verão, a mudança no relógio deve
começar no próximo dia 15 de outubro e terminar em 17 de fevereiro de
2018.
No
último mês de junho, o estudo no qual se baseia o MME já havia revelado que a
mudança nos hábitos dos brasileiros e os avanços tecnológicos interferiram na
economia de energia que o horário um dia já proporcionou. Ainda assim, ele
seria mantido pelas autoridades do setor elétrico em respeito a "questões
culturais".
Ainda
segundo a pesquisa, os hábitos dos consumidores são mais influenciados pelas
temperaturas que pela incidência de luz natural, a exemplo do uso do ar
condicionado. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelam
que o horário de ponta, antes centrado entre 17h e 20h, hoje ocorre entre 14h e
15h.
O
Ministério das Minas e Energia informou que no ano passado o horário de verão
durou 126 dias e gerou uma economia de R$ 159,5 milhões ao sistema nacional,
mas o valor não seria considerado relevante para o setor.
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