FONTE: *** Jairo Bouer (http://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Por que as pessoas investem tanta
energia, tempo e dinheiro em música? De acordo com muitos estudiosos, esse tipo
de arte teria se desenvolvido através da seleção sexual. As habilidades motoras
e cognitivas necessárias para fazer música seriam indicadores de bons genes e,
assim, aumentariam o sucesso reprodutivo, assim como o canto de pássaros na
época de acasalamento.
Com base nesse pressuposto,
pesquisadores da Universidade de Viena, na Áustria, decidiram investigar se a
música é capaz de interferir na capacidade de alguém se sentir atraído por
outra. A equipe apresentou trechos de músicas instrumentais com temas variados
para um grupo de indivíduos heterossexuais. Eles também foram expostos a
fotografias de possíveis candidatos a parceiro ou parceira, retratados com uma
expressão neutra.
Havia três grupos de participantes:
mulheres na fase fértil (quando o comportamento de busca por parceiro parece
ser mais ativo), mulheres fora da fase fértil e homens. Todos tinham
preferências musicais consideradas semelhantes. Os resultados mostraram que as
participantes do sexo feminino classificaram os rostos masculinos como mais
atraentes e estavam mais dispostas a sair com os caras das fotos quando eram
expostas a música antes de ver as imagens. A fase do ciclo menstrual não fez
muita diferença. E as músicas mais estimulantes e complexas fizeram mais
efeito. Já para os homens a estratégia não funcionou.
Os pesquisadores esperam, no futuro,
averiguar se a exposição à música pode ser útil para compensar a ausência de
algum atributo físico. Outros estudos já mostraram que ela melhora a coesão
social e também ajuda no relacionamento entre mãe e filho. Ainda existe um
longo caminho a percorrer até que se comprovem esses conceitos. Mas, na dúvida,
talvez valha a pena caprichar na trilha sonora antes de abordar uma garota.
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