FONTE: Do UOL, em São Paulo, (http://noticias.uol.com.br).
Por que bocejamos, mesmo
sem estarmos cansados, quando alguém próximo a nós boceja? Um estudo britânico
publicado na revista científica "Current Biology" explica o fenômeno
e garante que a capacidade de resistir a esse estímulo involuntário é bastante
limitada.
Segundo pesquisadores
da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, a propensão humana para o chamado
bocejo contagioso é desencadeada automaticamente por reflexos primitivos no
córtex motor primário --uma área do cérebro responsável pela função motora.
Tentar resistir ao
bocejo, de acordo com os cientistas, só tende a intensificar o desejo. O máximo
que pode acontecer com esse sufocamento são mudanças na forma como bocejamos.
O bocejo contagioso é
desencadeado quando observamos que outra pessoa boceja, como explica o estudo.
É uma forma comum de imitação automática, o que não é uma exclusividade dos
seres humanos. Os chimpanzés e os cães, como identificaram os pesquisadores,
também fazem isso.
Para testar a ligação
entre a excitabilidade e a base neural para o bocejo contagioso, a equipe
inglesa usou a estimulação magnética transcraniana (TMS). Eles recrutaram 36
adultos, que viram videoclipes mostrando outras pessoas bocejando. Ora eles
eram instruídos a resistir ao bocejo ora a seguir ao estímulo.
O estudo
ajuda a entender o aumento da excitabilidade do cérebro e/ou diminuição da
inibição fisiológica, que também se repete em condições clínicas, como a
epilepsia, demência, autismo e síndrome de Tourette.
"Se
pudermos entender como as alterações na excitabilidade do cérebro dão origem a
distúrbios neurais, podemos potencialmente reverter algumas doenças. Estamos
buscando possíveis tratamentos personalizados, não tratados com drogas, usando
TMS", afirma Stephen Jackson, professor de Neurociência Cognitiva, que
liderou o estudo.
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