FONTE:
Vand Vieira, (https://saude.abril.com.br).
Mulheres que acumulam uma quantidade maior de
gordura abdominal nessa fase da vida estariam mais propensas a tumores
pulmonares e gastrointestinais.
O elo entre obesidade e câncer já é um velho conhecido dos médicos. Mas,
atualmente, o que chama a atenção é o perigo oferecido pela gordura localizada
especificamente na barriga. Recentemente, até contamos sobre uma pesquisa que explicou melhor essa relação. Agora, um estudo dinamarquês
apresentado no ESMO 2017 Congresso esquentou a discussão ao sugerir que a
circunferência da cintura realmente pode ser mais importante do que o peso
total e o índice de massa corporal (IMC) quando se pensa em prevenção de
tumores. Promovido pela Sociedade
Europeia de Medicina Oncológica, o
evento aconteceu em Madrid, na Espanha, e reuniu especialistas de diversas
partes do mundo.
Quase 6 mil
mulheres com idade média de 71 anos foram acompanhadas por mais de uma década,
sendo que ocorreram 811 diagnósticos de câncer. E, por meio de um exame chamado
densitometria por emissão de raios-X, os cientistas avaliaram quanta gordura as
voluntárias possuíam, bem como sua distribuição. Eles notaram, então, que a
maior parte das pacientes com câncer tinha uma barriga saliente. Curiosamente,
não foi significativa a relação entre a doença e um IMC maior do que o
recomendado ou um excesso de peso melhor distribuído pelo corpo.
Os dois tipos de tumores que chamaram a atenção dos experts
nesse sentido foram os localizados nos pulmões e no sistema digestório. Idade, terapias de reposição
hormonal, tabagismo e outros fatores de risco não passaram batido pelos autores
do trabalho. Para eles, o achado serve de alerta para mulheres na pós-menopausa
continuarem praticando atividade física e redobrarem os cuidados com a
alimentação.
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