A
obesidade tem crescido cada vez no Brasil. Na Pesquisa de Vigilância de Fatores
de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel)
feita em 2016, por exemplo, mostrou-se que a obesidade aumentou em 60%,
passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. O excesso de peso também subiu de
42,6% para 53,8% no mesmo período.
Quando
falamos nesse tema é importante ressaltar que existem dois tipos de obesidade:
a central (em que o acúmulo de gordura é abdominal) e a periférica (com mais
gordura nos quadris e coxas). E cada um deles afeta a saúde de forma diferente,
embora ambas sejam preocupantes. Entenda melhor:
Obesidade
central.
Também
conhecida como androide, abdominal ou "forma de maçã", a obesidade
central é mais comum em homens e se refere ao maior acúmulo de gordura na
região do tronco.
Nesses
casos os indivíduos acumulam gordura na região abdominal (intra-abdominal e ao
redor das vísceras), que aumenta o risco de desenvolver problemas
cardiovasculares, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e da apneia do sono,
vários tipos de câncer e, inclusive, de morte.
Obesidade
periférica.
Chamada
de ginoide ou "forma de pera", esse tipo de obesidade é mais
frequente em mulheres e tem relação como o perfil estrogênico (hormônio
feminino). Nela, há maior acúmulo de gordura abaixo da cintura, na região
glúteo-femural.
Apesar
de não ter tanta gordura na região visceral, ainda há uma mudança na produção
hormonal do corpo, e risco de esta pessoa desenvolver problemas de saúde
ligados ao metabolismo, como a síndrome metabólica.
IMC
sozinho não avalia os tipos de obesidade.
Para
chegar a um diagnóstico da obesidade, o IMC (Índice de Massa Corporal) é o
parâmetro mais utilizado. Embora seja uma boa orientação, nem sempre está
totalmente correlacionado à quantidade de gordura corporal. Por isso, para
realizar o diagnóstico correto é importante consultar um profissional, que irá
optar pelo melhor método de avaliação de acordo com o seu perfil.
Na
prática clínica, a circunferência abdominal é a mais usada para avaliar o
conteúdo de gordura visceral. Nos homens e mulheres caucasianos, a OMS
(Organização Mundial da Saúde) recomenda utilizar como ponto de corte para
risco cardiovascular as medidas de 94 cm e 80 cm, respectivamente.
Há
evidências, contudo, de que a relação cintura-estatura, em que a circunferência
abdominal é dividida pela altura do paciente, é o melhor parâmetro para
classificar a obesidade. Neste caso, o valor de referência é que o resultado
dessa divisão chegue de até 0,5.
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